Poucas horas após ser preso por invasão a uma academia e ameças à sua esposa, o brasileiro Thiago Silva se viu diante da corte criminal do Condado de Broward, na Flórida (EUA). Thiago foi inocentado da acusação de tentativa de homicídio, mas teve sua prisão preventiva decretada, sem direito à fiança.
Segundo o juiz John Hurley, responsável pela sessão, Thiago chegou a apontar uma arma de fogo para a esposa, mas como não atirou, mesmo tendo todas as condições para agir de tal maneira, a situação ficaria caracterizada como agressão com agravantes. Porém, as demais acusações contra Thiago foram consideradas e o brasileiro teve decretada sua prisão preventiva. Durante a sessão, foram citadas algumas ameaças feitas pelo lutador à esposa. Segundo Hurley, o atleta teria dito a esposa que contrataria alguém para matá-la e também enviado uma série de mensagens de texto com conteúdo semelhante.
O juiz abalizou a decisão de não conceder o direito de fiança a Thiago no fato de que o lutador poderia deixar os Estados Unidos antes de seu julgamento. “A corte decide prender Thiago Silva preventivamente porque ele pode fugir para o Brasil, onde é cidadão e possui família, e poderia matar a ex-mulher ou Popovitch mesmo sem uma arma”, disse Hurley. O magistrado ainda citou recentes dificuldades em extradições provenientes do Brasil e apontou isso como mais uma causa para não liberar o atleta.
Durante o julgamento, o juiz responsável pelo caso demonstrou apenas ter uma vaga ideia de quem é o lutador e questionou a grande atenção da mídia ao incidente. O magistrado também perguntou sobre a situação financeira do atleta e ouviu do seu advogado que, apesar de ter residência nos Estados Unidos, caso não lute no UFC 171, no próximo dia 15 de março em Dallas (EUA), o brasileiro estaria financeiramente quebrado. Thiago Silva agora aguarda na prisão seu julgamento, ainda sem data definida.