James Krause e Brandon Moreno em sessão treinamento. Foto: Montagem SL
Brandon Moreno ganhou um enorme problema a pouco mais de um mês antes da unificação do cinturão contra Deiveson Figueiredo no UFC 283, dia 21 de janeiro, no Brasil. Em um comunicado, o UFC revelou que vai obrigar o mexicano a romper com seu técnico, James Krause, caso ele queira continuar na organização. A medida do evento tem relação com o envolvimento do treinador no mercado de apostas.
Através de um e-mail, enviado na noite desta sexta-feira (02) a atletas e empresários, o UFC informou que os lutadores que optarem por continuar sendo treinados por Krause ou que continuarem treinando em sua academia não terão permissão para participar dos eventos do UFC (veja o comunicado completo abaixo).
O treinador James Krause passou a ser investigado pela justiça após diversas movimentações suspeitas ocorrerem nas casas de apostas momentos antes da luta entre seu pupilo Darrick Minner no UFC Las Vegas 64, em 5 de novembro. Na ocasião, o atleta acabou nocauteado por Shayilan Nuerdanbieke no primeiro round após sentir uma lesão no joelho. A suspeita é de que a informação a respeito da lesão tenha sido vazada por alguém da equipe para apostadores. Para complicar ainda mais a situação do líder da equipe Krause lidera o podcast “1% Club”, dedicado ao assunto. Ele também possui um canal no “Discord” com dicas de apostas.
Através de sua conta no Instagram, Brandon Moreno enviou uma mensagem de apoio ao técnico James Krause. Em uma galeria de fotos ao lado do treinador, o campeão interino escreveu: ‘Esperando por Justiça’.
O mexicano não revelou como irá terminar seu treinamento para a luta contra Deiveson Figueiredo no UFC Rio, dia 21 de janeiro.
Além de Brandon Moreno, outros lutadores do UFC treinados por James Krause são: Grant Dawson , Tim Elliott, Anthony Smith, Laura Sanko, Megan Anderson e Jeff Molina.
Após a luta envolvendo Darrick Minner em 5 de novembro de 2022, o UFC foi informado por fontes que padrões de apostas suspeitos foram observados na luta. Nas semanas que se seguiram, o UFC cooperou com várias investigações do governo em andamento sobre os fatos e circunstâncias que cercam o combate e as apostas. Em 18 de novembro, a Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC na sigla em inglês) informou ao UFC e ao técnico de Minner, James Krause, que a licença do treinador foi suspensa e assim permaneceria enquanto a NSAC conduzisse uma investigação sobre o assunto.
Desde então, o UFC avisou Krause e os respectivos gerentes que trabalham com lutadores afetados que, com efeito imediato, os lutadores que optarem por continuar sendo treinados por Krause ou que continuarem treinando em sua academia não terão permissão para participar de eventos do UFC até o resultado do as investigações do governo acima mencionadas. Além disso, o UFC liberou Darrick Minner da organização.
Juntamente com a segurança e a saúde de seus lutadores, o UFC acredita que não há componente mais importante no MMA do que a integridade do esporte. Semanas antes da luta de Minner, a organização enviou uma notificação formal a todos os lutadores e membros de suas equipes de que eles e alguns outros “insiders” definidos estavam proibidos de apostar em eventos do UFC. Esta foi uma extensão do Código de Conduta do lutador pré-existente (e desde então atualizado) do UFC, bem como um reconhecimento de várias leis e regulamentos estaduais, federais e internacionais que proíbem expressamente a conduta que ameace a integridade do esporte, incluindo, mas não limitado a , apostas privilegiadas com base em informações não públicas, manipulação de brigas e outras condutas impróprias.
O UFC continuará a tomar todas as medidas necessárias e apropriadas para garantir o cumprimento e a aplicação de suas políticas e das jurisdições em que atua.
