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Árbitro admite ter trapaceado para garantir vitória de Manny Pacquiao sobre australiano em 2000

Manny Pacquiao (foto) é um dos grandes nomes da história do boxe (Foto: Divulgação)

Um dos nomes mais vitoriosos e populares da história do boxe mundial, Manny Pacquiao poderia ter tido um destino bem diferente se não fosse a intervenção do árbitro Carlos Padilla no duelo contra Nedal Hussein, em outubro de 2000.

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Em declaração no canal oficial do Conselho Mundial de Boxe (WBC) no YouTube, o árbitro filipino admitiu ter “trapaceado” para ajudar o compatriota a vencer a luta contra o australiano, que valia uma chance de disputar o título mundial do Conselho.

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“Aquela luta, eu estava prestes a ir embora no dia seguinte, e eles me disseram: ‘Carlos, por favor…essa é uma luta importante para Manny Pacquiao porque o vencedor vai ter a chance de lutar pelo título mundial’. Então, você sabe, o oponente dele, Hussein, ou seja lá qual qual era o nome, era mais alto, mais jovem, mais forte e um lutador sujo, agenciado por Jeff Fenech. Acho que no sétimo round Manny sofreu um knockdown. Achei que ele levantaria, mas ele estava com o olhar perdido. Sou filipino e todo mundo que estava assistindo a luta era filipino, então prolonguei a contagem. Sei como fazer isso”, admitiu o árbitro.

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No vídeo da luta, é possível ver que Manny Pacquiao recebe aproximadamente 18 segundos para se recuperar da queda. De volta à luta, o filipino saiu vencedor por nocaute técnico com mais um auxílio da “vista grossa” de Carlos Padilla.

“Como ele (Pacquiao) era menor, ele deu uma cabeçada no outro cara e abriu um corte, mas eu declarei como um soco. Se fosse uma cabeçada, eu teria que interromper a luta e tirar um ponto dele, mas eu não fiz isso”, disse  Padilla.

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Derrotado por Pacquiao na polêmica luta, Nedal Hussein ficou enfurecido com as declarações do árbitro. Em entrevista ao jornal britânico “Daily Mail”, o australiano afirmou que a intervanção de Padilla afetou negativamente no restante de sua carreira e vida.

“Eu fiquei p***. A arrogância dele. Eu fiquei com muita raiva, estava queimando. Vencer aquela luta teria mudado minha vida. Eu perdi dinheiro e uma chance de lutar pelo título mundial. Eu poderia ter comprado uma casa e viver bem melhor. Perdi a oportunidade de fazer grandes lutas por conta disso. Me atrasou quatro anos. Odiei o esporte depois disso”, disparou.

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Publicado por
Fernando Keller