Adesanya insiste que intervenção do árbitro foi prematura e diz que estava ‘esperando Poatan cansar’

Alex Poatan nocauteou Israel Adesanya no UFC 281 (Foto: Twitter/UFCEspañol)

Após mais de três anos e cinco defesas bem sucedidas do cinturão, o reinado de Israel Adesanya no peso médio (até 83,9kg) do Ultimate chegou ao fim no último sábado (12), quando o nigeriano foi nocauteado por Alex Poatan no quinto round da luta principal do UFC 281. Para o ex-campeão, no entanto, o resultado seria outro se o árbitro Marc Goddard deixasse o combate rolar por mais tempo.

Embora exima o árbitro Marc Goddard de culpa, Israel Adesanya voltou a garantir, em participação no podcast “MMA Hour”, do site norte-americano “MMA Fighting”, que estava totalmente lúcido no momento da interrupção. O nigeriano apontou uma lesão no nervo perineal, causada pelos chutes de Poatan em sua perna, como fator determinante pela derrota.

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“Eu não culpo o árbitro. Marc (Goddard) fez um bom trabalho, mas você vê que quando eu levanto, eu estava bem. Eu estava lúcido. Eu não fiquei balançado, balançado. Eu fui atingido contra a grade e meu pensamento era: ‘escapar, lateralmente, seja pela esquerda ou direita’. Eu fui para a direita e tropecei, não porque eu estava balançado, mas por causa do meu pé. Sabe o nervo perineal? (…) Em algum momento da luta, eu tentei me movimentar e sabe quando sua perna tropeça e arrasta no chão acidentalmente? Aconteceu algumas vezes durante a luta. Me perguntei se havia algo errado com minha perna e lembre que era isso. Nunca tinha acontecido comigo antes, mas eu sabia o que era. Acho que o árbitro me viu recebendo os golpes, tropeçando e decidiu interromper. Mas não era pelos golpes, eu juro para você. Não tenho motivos para mentir. Foi por conta do dano que ele (Poatan) causou na minha perna”, alegou o ex-campeão.

Ainda de acordo com Adesanya, sua intenção era esperar Alex Poatan cansar de bater e partir para a ofensiva.

“Eu estava pensando: ‘ok, fique ai, não se mexa mais e deixe o gás dele acabar. Eu estava esperando ele dar os golpes duros, então abaixei a cabeça para conseguir ver os braços e as pernas dele. Era tudo que eu precisa ver. Eu sabia onde a cabeça dele estava. Então eu permaneci ali me movimentando. Para o árbitro, depois de dois golpes limpos, um tropeço e eu em pé ali olhando para baixo, ele achou que seria mais seguro interromper. Fiquei muito desapontado. Estava esperando ele cansar para eu fazer meu trabalho. Eu ia derrubá-lo e bater nele novamente”, finalizou.

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