Dias após surpreender e ser confirmado como reforço da PFL para a temporada 2023, Thiago Marreta falou sobre a decisão de deixar o UFC. Com exclusividade ao SUPER LUTAS, o brasileiro explicou o porquê da opção e projetou um futuro de sucesso na ‘nova casa’. Na próxima temporada, o peso meio-pesado (até 93kg.) completaria 10 anos de Ultimate.
Ex-desafiante ao cinturão da categoria até 93kg., Marreta, por anos, foi destaque do grupo. Em 2019, o brasileiro esteve próximo de chocar o mundo, quando entregou uma verdadeira batalha ao lendário Jon Jones, sendo superado na decisão dividida dos juízes.
Nas vésperas da confirmação do acordo com a PFL, Thiago chegou a manifestar publicamente o interesse de se apresentar no UFC Rio, que acontece em janeiro de 2023. O atleta, então, narra o processo de desligamento da organização a qual defendeu por quase 10 anos.
“A gente já vinha ‘namorando’ com a PFL já tinha um tempo. Tinha conversas com meu empresário. Eles perguntavam sobre mim, sobre como estava meu contrato. Eu tinha mais uma luta no contrato com o UFC. Tinha falado em lutar no UFC Rio, só que a PFL veio com uma proposta muito boa para a gente. Falamos com o UFC, resolvemos nem esperar. Foi tudo resolvido de uma forma pacífica, rápida. Em um dia, tinha falado em lutar no UFC Brasil. Tinha rolado aquela polêmica com o (Paulo) Borrachinha. (…) Conversei com a minha esposa e optamos por tomar essa decisão. Estou satisfeito”, contou.
Conhecido mundialmente por suas atuações marcadas pela agressividade, Marreta não quer saber de criticar o UFC. O lutador faz questão de registrar a satisfação de, por anos, ter representado uma das maiores organizações de MMA no mundo.
“Tive uma carreira incrível no UFC. Não tenho críticas. Sou eternamente grato. Sou quem eu sou e tenho tudo o que eu tenho pela oportunidade que me deram. Fiz meu nome”, garantiu.
Depois de ser anunciado como novo reforço da PFL, Thiago comentou brevemente sobre a questão salarial. De acordo com o brasileiro, a quantia oferecida pela Professional Fighters League acabou influenciando na decisão.
“Financeiramente foi melhor para mim, sim”, disse.
A partir de 2023, Marreta passa a integrar o grupo de atletas da PFL e será inserido no torneio dos meio-pesados. Além da oportunidade de vestir o cinturão da companhia, o tupiniquim também lutará pelo sonhado prêmio de US$1 milhão (mais de R$5 milhões).
“É tudo novo. É um mecanismo diferente de evento. Temos aquela temporada que você luta três, quatro vezes seguidas. Depois, acabou e você tem um período de descanso. Outra coisa boa é que me deixam lutar outro evento. Tenho a possibilidade de fazer uma luta de boxe. Evento novo, com novas regras. Tem a ver comigo. Não sou um cara polêmico, falastrão; esse tipo de coisa que o UFC valoriza bastante. Não tem como pular etapas. Ou ganha suas lutas, vai para a final e ganha. Não tem outro caminho”, encerrou.
Aos 38 anos, Thiago Marreta soma 33 lutas como profissional no MMA. Hoje, o brasileiro tem 22 vitórias e 11 derrotas na modalidade.