Lenda viva na história do jiu-jitsu, Marcus Buchecha tem traçado uma trajetória de sucesso em seus primeiros passos no MMA. Nova estrela do ONE Championship, o lutador falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre o momento da carreira e projetou um futuro de sucesso nas artes marciais mistas.
No último fim de semana, o brasileiro voltou a brilhar no cage do ONE ao finalizar Kirill Grishenko com pouco mais de um minuto de embate. O triunfo ampliou a série invicta de Buchecha para quatro resultados positivos em sequência.
Transição para o MMA
Multicampeão mundial no jiu-jitsu, Marcus é uma unanimidade quando se trata da ‘arte suave’. O atleta, então, explica o porquê de ter tomado a decisão de se testar no MMA.
“Sempre tive a vontade de me testar. O lutador tem que ser completo, lutar com quimono, sem quimono e lutar MMA também. (…) Lutei de quimono, sem, consegui me consagrar campeão do ADCC e o MMA era a única coisa que estava faltando. (…) Eu já não tinha mais motivação para ir à academia treinar e ganhar um ou dois títulos mundiais. Não ia fazer diferença nenhuma na minha carreira. (…) Seria mais para ego. Queria escrever meu nome da história e fiz: me tornei o maior campeão na história do jiu-jitsu. (…) Quis um desafio para algo maior. Estou com 32 anos agora, não penso em me aposentar. Então, mergulhei de cabeça no MMA”, disse Marcus.
Direto para os ‘chefões’
Ao contrário de muitos atletas que sonham em fazer história nas artes marciais mistas, Buchecha optou por não se testar em eventos de menor porte em seus primeiros desafios. De início, o lutador preferiu estrear em grande estilo, assinando contrato com o ONE Championship. Pela ousadia, o atleta explica a decisão.
“Eu fechei (contrato) com um evento grande. Claro, tinha a opção de começar em eventos bem pequenos, criar o cartel e, depois, partir para um evento grande. Pensei: não estou com essa paciência toda. Vamos logo para a prova de fogo. (…) Foi uma decisão minha ir para um desafio grande, mas não achei que me dariam as lutas que deram no início. Na primeira, foi o ‘Braddock (Anderson Silva), uma lenda do kickboxing. (…) Depois, (Ji Won) Kang, que nocauteia todo mundo. A terceira luta, trocaram quatro vezes o adversário. Foi o Simon Carson, o primeiro faixa preta que lutei (no MMA). O último foi Kirill Grishenko, o último a lutar pelo cinturão. Muita gente ficou na dúvida se eu deveria pegar essa luta. (…) Quatro vitórias está me colocando em um lugar alto na divisão”, afirmou.
Disputa de cinturão
Imbatível, até o momento, no ONE, Marcus é cauteloso e evita cravar uma disputa de cinturão nos pesados. O atleta, porém, entende que os triunfos, sendo todos na via rápida, o colocam em posição de destaque na companhia.
“Não teve conversa com o ONE. Não falaram nada a respeito de cinturão. (…) Estou próximo do objetivo, que é lutar pelo cinturão, mas não sei se vai ser a próxima luta”, encerrou.
Histórico do atleta
Aos 32 anos, Marcus Buchecha estreou no MMA em setembro de 2021. Com menos de um ano na modalidade, o combatente tem quatro apresentações e nunca amargou um resultado negativo.