Destaque brasileiro no peso médio (até 83,9kg.) do Ultimate, Paulo Borrachinha é uma das estrelas do grandioso UFC 278, que acontece neste sábado (20). Adversário do ex-campeão Luke Rockhold, o mineiro falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre as expectativas para sua primeira luta em 2022. O tupiniquim chegou a arriscar o desfecho para o embate.
No fim de semana, Borrachinha cumprirá a última luta em seu contrato atual com o UFC. Vindo de duas derrotas consecutivas, o atleta enxerga no norte-americano a oportunidade de redenção na categoria.
Há alguns meses, Borrachinha chegou a afirmar publicamente que não gostaria de medir forças contra Luke, optando, à época, por um embate contra Derek Brunson, que acabou não acontecendo. Depois de oficializar o embate com o ex-campeão, o mineiro admite ter se equivocado e explica a motivação para medir forças com o veterano, que não se apresenta há mais de três anos.
“É uma ótima luta. É um cara conhecido, respeitado, tem um engajamento muito bom. O mundo todo o conhece muito bem. É um ex-campeão, boa pinta, descolado, surfista, modelo e lutador. Acho que vai ser melhor. É um cara duro, difícil, mas tem esse aspecto comercial muito bom”, contou.
Prestes a realizar sua primeira luta na temporada 2022, Borrachinha falou sobre o processo de treinamento para se apresentar no UFC 278. De acordo com o mineiro, a preparação começou antes mesmo da confirmação do embate.
“Fiquei sabendo do Rockhold há dois meses, mas venho treinando para mudar meu estilo, ficar mais ágil, desde dezembro do ano passado. Tenho trabalhado com o Kelson Pinto, um fenômeno do boxe, que pouca gente conhece, mas deveria conhecer. (…) Kelson Pinto mudou minha vida como atleta. Não tive nenhuma lesão nesse camp (período de treinamento). Geralmente, tinha duas, três, quatro lesões. Nem estou sabendo lidar muito bem com isso. Não tem desgaste, não sinto muscularmente. (…) A gente terminou o camp muito bem, com alto nível. Geralmente chegava exausto, com lesões. Também estou com o peso muito baixo”, garantiu.
No UFC 278, Paulo medirá forças com o atleta que liderou a categoria dos médios do Ultimate entre 2015 e 2016. Mesmo com o mau momento do norte-americano, o mineiro aponta detalhes que demandam cuidados durante o combate.
“Ele tem os pontos fortes e pontos fracos, igual todo mundo. O ponto forte é o chute com a perna de trás e o cruzado com a mão da frente. Também tem tentado colocar para baixo. Tentou contra o (Jan) Blachowicz e David Branch. A gente sabe que ele está com a resistência a golpes muito debilitada. Não se dá bem com um cara encurtando, colocando pressão contra a grade e desferindo golpes. Acho que esse é o caminho”, disse.
Após a análise, o desfecho. Confiante de que deixará o octógono com uma grande apresentação, Borrachinha arriscou o palpite sobre como a luta pode acabar.
“Acho que a luta não vai chegar no final do terceiro round. Não sei como está a preparação dele, o condicionamento. Isso conta muito. Ele vai ter que ser muito macho para aguentar três rounds de muita pressão e não acho que ele aguentará”, encerrou.
Aos 31 anos, Paulo Borrachinha se encaminha para sua 16ª apresentação como profissional no MMA. Hoje, o brasileiro soma 13 vitórias e duas derrotas. O mineiro, atualmente, ocupa a sexta posição no ranking dos médios e busca uma nova oportunidade de disputar o cinturão da categoria.
Campeão do grupo entre 2015 e 2016, Luke Rockhold retoma a carreira após mais de três anos de inatividade. No UFC 278, o norte-americano busca encerrar um retrospecto de três reveses nas últimas cinco apresentações. Com 37 anos, o combatente tem 16 triunfos e cinco reveses em sua trajetória nas artes marciais mistas.
