O caminho de Cris Cyborg é o boxe, mas ela não deixa de falar sobre sua relação com um antigo ‘chefe’. Em entrevista ao canal oficial do SUPER LUTAS no ‘YouTube’, a brasileira confirmou ter mandado mensagem de aniversário para Dana White e revelou que não guarda rancor do mandatário do UFC.
“Não tenho nada contra o Dana White. Talvez ele tenha ficado surpreso, porque o que ele fez comigo, se alguém fizesse com ele, não mandaria parabéns. Eu não guardo nenhum rancor. Ficou tudo no passado. O que aconteceu me fez melhorar como pessoa e atleta. Tudo que eu vivi me faz ajudar novos atletas. Não foi só parabéns, a gente conversou antes também. Acho que a gente tem que aprender a perdoar”, disse Cyborg.
Veja Também
Ainda sobre a relação com o ‘chefão’ e a empresa, Cris não fecha as portas para um retorno no futuro, mas sente que a bolsa dos atletas segue abaixo do valor que ela entende necessário.
“Eu tive um momento muito bacana no UFC, mas acredito que o único problema seja a bolsa dos atletas. É um dos motivos por eu não ter continuado lá. Não foi nada em relação ao Dana White. É totalmente diferente em questão de outros lutares fora do UFC. É muita diferença, por questão do patrocínio. O que eles me ofereceram após a luta da Amanda (não dava)”, argumenta a brasileira.
PFL x Bellator?
Focada em sua estreia no boxe e sem contrato assinado com o Bellator, Cyborg comentou sobre um possível evento a ser promovido entre PFL e a empresa de Scott Coker. Ela acredita que, para isso acontecer, ainda se faz necessária uma grande mudança no esporte em gerenciamento de organizações.
“Acho que seria mais fácil fazer PFL x Bellator do que com o UFC. Acredito que eles não queiram essa mistura, pois é uma forma que eles controlam tudo. Só se mudasse (o formato), como é o boxe. Ninguém manda no cinturão e cada produtor pode fazer a luta acontecer. Vai demorar, mas talvez possa acontecer na PFL e no Bellator. Tem que mudar bastante o esporte”, destacou.
MMA feminino em alta
Cyborg também celebrou o sucesso atual do MMA feminino. A brasileira, que é considerada como pioneira do esporte, relembra início e diz que fica feliz ao ver os avanços, ainda enquanto lutadora profissional.
“Eu fico muito feliz por estar fazendo falta disso, né? Não aposentei ainda e, quando comecei, ficava dois anos sem lutar. Não tinha menina ou evento para lutar. Era acreditar em um sonho que não via acontecer. E, agora, ver como o esporte cresceu cada vez mais, me deixa muito feliz. Agora é a família que gosta das lutas. Mudou bastante”, concluiu.