Publicidade

Incentivo a Thiago Marreta: enquanto atleta busca redenção, relembre nomes que deram a volta por cima no UFC

T. Marreta (foto) é destaque nos meio-pesados do UFC. Foto: Reprodução/Facebook @ufc

Ex-desafiante ao cinturão dos meio-pesados (até 93kg.) no Ultimate, Thiago Marreta não vive seus melhores momentos no octógono, mas a história pode mudar. Estrela do UFC Las Vegas 59, que acontece neste sábado (6), o brasileiro já provou, em outros momentos, que tem condições de sonhar alto no mundo do MMA. Como incentivo a um dos atletas que chegaram mais perto de superar o lendário Jon Jones, a equipe do SUPER LUTAS reuniu nomes que deram a volta por cima na companhia, após passar por momentos de instabilidade.

Publicidade

Com quatro derrotas nas últimas cinco lutas, Marreta busca provar que pode retomar a condição de desafiante ao trono dos meio-pesados. O pontapé inicial pode ser dado neste fim de semana, quando o lutador encara Jamahal Hill na luta principal.

Veja Também

Se engana quem pensa que ícones do esporte não podem passar por tropeços no decorrer da carreira. Assim sendo, relembre alguns atletas que reencontraram a boa fase em suas trajetórias pelo UFC.

Publicidade

1) Randy Couture

R. Couture é considerado uma lenda do UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Considerado um dos maiores nomes na história do UFC, Randy Couture teve momentos de decepções e de glórias com as luvas da organização. Lenda viva das artes marciais mistas, o norte-americano fez história na companhia, conquistando cinturões nos meio-pesados e pesados. Mas, nem tudo foram flores na carreira do lutador pelo Ultimate.

O norte-americano conquistou seu primeiro título pelo UFC em 1997, quando superou Maurice Smith. O atleta, porém, não chegou a defender o trono e foi destituído após assinar contrato com o ‘Vale Tudo Japan’. Randy voltou a vestir um título no Ultimate em 2000, defendendo duas vezes diante de Pedro Rizzo, até perder o posto de campeão diante de Josh Barnett. O combatente tentou retomar o topo da divisão logo após o tropeço, mas acabou superado por Ricco Rodriguez. Nos pesados, Couture conseguiu voltar à liderança em 2007, quando passou por Tim Sylvia, mas perdeu novamente em um encontro histórico com Brock Lesnar.

Publicidade

Couture também teve passagem marcante nos meio-pesados. O lutador vestiu o cinturão linear em embate contra Tito Ortiz e acabou perdendo o título no confronto contra Vitor Belfort. Randy, no entanto, retomou a condição de cinturão na revanche contra o brasileiro.

2) Aljamain Sterling

A. Sterling (foto) é o campeão peso galo do UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Atual dono do cinturão dos galos (até 61,2kg.), Aljamain Sterling nem sempre teve seu nome tratado como destaque do UFC. Na organização desde 2014, o lutador passou por altos e baixos até assumir o topo da divisão, em 2021.

Publicidade

Pela companhia, Sterling chegou a atingir a marca de três derrotas em cinco apresentações, entre 2016 e 2017. A retomada do atleta, porém, aconteceu em 2018, quando o combatente conquistou uma sequência de cinco triunfos, até disputar o título contra Petry Yan, mesmo que de maneira polêmica, devido a uma joelhada ilegal do russo. Na revanche, Aljamain anulou as dúvidas, superando o rival de forma dominante e defendendo o título.

3) Fabrício Werdum

F. Werdum em vitória pelo UFC. Foto: Reprodução/Facebook @ufc

Considerado por muitos como um dos melhores pesos pesados de todos os tempos, Fabrício Werdum nem sempre foi unanimidade dentro da divisão. Ícone do jiu-jitsu, o lutador teve duas passagens pelo UFC, sendo a segunda a mais marcante.

Depois de se apresentar com as luvas do Strikeforce, entre 2009 e 2011, o gaúcho retornou ao Ultimate em 2012. Na primeira fase, o lutador teve derrotas para Andrei Arlovski, Júnior Cigano. Na segunda, ‘Vai Cavalo’ emplacou cinco triunfos seguidos e, no sexto, conquistou o cinturão interino ao nocautear Mark Hunt. O confronto pela unificação aconteceu diante do lendário Cain Velasquez. Azarão nas casas de apostas, Fabrício ignorou as desconfianças e finalizou o rival, fazendo a festa da torcida brasileira e assumindo o trono absoluto dos pesados.

O gaúcho acabou destronado em sua primeira defesa de título. Na ocasião, o atleta foi nocauteado por Stipe Miocic.

4) Glover Teixeira

G. Teixeira foi campeão dos meio-pesados do UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Xodó da torcida brasileira, Glover Teixeira é um dos grandes nomes na história do MMA tupiniquim. Determinado e com técnica acima da média, o atleta, há anos, é destaque da categoria até 93kg. O mineiro, porém, passou por momentos delicados e de incerteza na companhia.

Glover chegou ao UFC como uma aposta brasileira para os meio-pesados. Com boxe afiado, wrestling e jiu-jitsu de alto nível, o mineiro acumulou cinco vítimas em sequência. O feito credenciou o tupiniquim para um confronto com o então absoluto e temido Jon Jones, pelo cinturão do grupo. Na luta, Teixeira acabou derrotado por pontos e, na sequência, também foi superado por Phil Davis, o que afastou o atleta momentaneamente do sonho do título.

Entre 2016 e 2018, o brasileiro oscilou entre vitórias e derrotas na organização. No entanto, em 2019, já veterano, o combatente se reencontrou e atingiu a marca de cinco triunfos, tornando insustentável não receber uma nova oportunidade de lutar pelo cinturão pela segunda vez. A oportunidade de assumir o trono veio diante de Jan Blachowicz, e Glover não decepcionou, finalizando o polonês e assumindo o topo do grupo.

O mineiro acabou perdendo o título na defesa de título contra Jiri Prochazka, mas, mesmo aos 42 anos, entregou o maior desafio da carreira do tcheco, perdendo apenas nos segundos finais do último round. A performance convincente de Glover segue como fator decisivo para uma eventual revanche imediata. O atleta, no entanto, ainda não sabe se terá a oportunidade de tentar reconquistar o cinturão.

5) Charles do Bronx

C. Do Bronx em vitória pelo UFC. Foto: Reproduçao/Instagram

Uma das maiores estrelas na história recente do UFC, Charles do Bronx é a prova viva de que a persistência pode gerar grandes frutos. Novo ‘queridinho’ dos leves (até 70,3kg.), o brasileiro viveu momentos de tensão quando atuava nos penas (até 65,7kg.). Derrotas e problemas recorrentes com o corte de peso, porém, obrigaram o paulista a migrar de vez à divisão até 70,3kg.

Entre 2015 e 2017, Do Bronx chegou a acumular quatro derrotas em seis apresentações. A ‘virada de chave’, no entanto, veio em 2018. A partir do triunfo diante de Clay Guida, Charles não perdeu mais. Foram oito triunfos até chegar no desafio contra Michael Chandler, pelo cinturão vago dos leves. Contra a lenda do Bellator, o brasileiro deu um verdadeiro show de raça e qualidade técnica, quando suportou um castigo no primeiro round e nocauteou o rival na segunda etapa, sendo coroado na companhia após anos de dedicação.

O paulista defendeu o trono contra Dustin Poirier no fim de 2021, mas acabou perdendo o título de forma polêmica após confusão na pesagem oficial para o UFC 274. Mesmo sem o cinturão, Do Bronx cumpriu seu papel e atropelou Justin Gaethje logo no primeiro assalto. O massacre diante do norte-americano credenciou o tupiniquim a disputar o título vago no UFC 280. Desta vez, o compromisso será contra Islam Makhachev, considerado por muitos como o sucessor de Khabib Nurmagomedov.

Publicado por
VH Gonzaga