Um dos destaques do UFC 277, Alexandre Pantoja está de bem com a vida. Carrasco de Alex Perez no último sábado (30), o brasileiro falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre a performance brilhante no evento e a grande fase na carreira. Sem esconder a empolgação, o atleta entende estar próximo de uma disputa de cinturão nos moscas (até 56,7kg.).
No fim de semana, Pantoja retornou ao octógono após quase um ano de inatividade e ‘passeou’ contra Perez. O triunfo do tupiniquim aconteceu com pouco mais de um minuto, quando o atleta finalizou o oponente.]
Atual número dois no grupo que tem Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno como campeões (linear e interino, respectivamente), Alexandre foi ao UFC 277 para dar show. Antes de obrigar o adversário a bater em desistência, o brasileiro entregou performance agressiva e explicou o perfil empolgante em seus desafios.
“Eu sou aquilo ali a todo momento no meus treinos. Meus colegas de equipe sempre citam isso, falam que sou um lutador como se fosse uma ‘briga de bar’. Claro que tem a técnica envolvida. Aquela confusão toda é quando me sinto mais tranquilo. Gosto muito dessa pujança, essa vontade de lutar. Sou assim naturalmente. Às vezes, na luta, você tem um pouco mais de cuidado, mas, geralmente, sou aquilo ali. (…) Treinei muito para esse cara (Alex Perez). Parece que foi fácil, mas, de forma alguma. É um adversário duríssimo. A última dele, antes de mim, tinha sido pelo título”, afirmou.
Com a vitória imponente em seu retorno ao octógono, Pantoja acredita ter cravado um recado ao restante da divisão. O show no UFC 277 fez com que o brasileiro assumisse a segunda posição na categoria.
“O recado foi dado. Já venho fazendo isso há muito tempo. Luto desde 2007, 15 anos fazendo isso. Estou vivendo uma fase muito boa, na cabeça e no corpo. (…) Ano passado, foi dada a chance de lutar pelo cinturão, mas abdiquei para me operar. (…) Mais uma vez, tive que fazer o caminho todo. (…) Estava com uma mão do cinturão, tive que tirar pela cirurgia, fiz a recuperação e, sábado, botei novamente a mão no cinturão. (…) Acredito no lutador que sou, que posso ser. Nunca tentei ser um personagem. Nunca peguei atalho nenhum. Passei por tudo o que tinha para passar e, hoje, chego nessa posição. Vamos dizer que sou o Charles do Bronx do peso mosca”, declarou.
Mesmo perto de lutar pelo trono dos moscas, Pantoja sabe que precisará aguardar a decisão do UFC quanto ao embate de unificação do título entre Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno. O lutador, então, falou sobre um possível ‘cargo’ de suplente para o embate entre os dois campeões da divisão.
“Meu patrão, Dana White, falou que me vê como reserva para a luta, mas, de maneira alguma, quero ser visto como reserva. Quero ser o desafiante, o próximo na linha de confronto”, encerrou.
Aos 32 anos, Alexandre Pantoja acumula 30 apresentações como profissional no MMA. Ao longo de 15 anos no esporte, o brasileiro soma 25 vitórias e cinco reveses.