Os fãs que ainda não conheciam Alan Nuguette passaram a conhecê-lo após sua estreia no UFC. O manauara fez sua primeira luta no maior evento do mundo, na última quarta-feira (09), e não tomou conhecimento de Garett Whiteley, vencendo por nocaute no primeiro round.
O “cartão de visita” de Nuguette no UFC abrilhanta ainda mais sua história de vida. Após trabalhar como engraxate até seus 18 anos, Alan passou a se dedicar às artes marciais e, no MMA profissional, alcançou 10 vitórias em 10 lutas no cartel. A 11ª vitória veio no octógono do UFC, sendo a realização de um sonho em sua vida.
“Sempre soube que não basta sonhar e não sair de casa. Deve-se sonhar e ir atrás dele, atrás do que você quer para sua vida. Ralei muito para poder chegar até o UFC, sofri muito, me dediquei bastante, mas deu tudo certo, valeu a pena. Realizei meu sonho quando subi no octógono e completei quando tive o braço erguido”, revela o lutador.
Entre subir no octógono e ter o braço erguido, Nuguette precisou de pouco mais de quatro minutos. Realizando seu sonho com a vitória, ele foi o responsável pela alegria de outro atleta, Ronaldo Jacaré, a quem chama de “irmão”.
“O Jacaré é uma das pessoas mais importantes que tenho em minha vida, foi o responsável por me levar de Manaus para o Rio de Janeiro para treinar na X-Gym. Ele e o Josuel Distak, meu treinador querido. Eu e o Jacaré estamos sempre juntos, somos mais que amigos, somos irmãos. Ele estava mais nervoso que eu para minha luta, mas ficou muito feliz com a vitória (risos). Depois da luta, ele me cumprimentou, parabenizou, e me disse para já pensar na próxima. Vida de lutador é assim”, conta.
Há um ano morando no Rio de Janeiro, Alan Nuguette foi acolhido por Jacaré em sua casa quando se mudou para a cidade. O suporte do amigo é ainda maior nos treinos, onde Jacaré repassa ao pupilo um pouco de suas experiências no MMA.
“A ajuda do Jacaré foi muito importante para eu estar onde estou agora. Mas ele sempre me avisou: ‘vou te ajudar, mas não vou passar a mão na cabeça’. Fui em busca do que queria desde novo, sempre me virei. O Jacaré me ajuda com conselhos, servindo de exemplo para mim, mas a principal ajuda dele é me metendo a porrada nos treinos (risos). É assim que o lutador aprende e cresce como atleta”, encerrou.
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