A torcida brasileira tem motivos para estar animada no cenário atual do UFC. Com três cinturões oficiais – Amanda Nunes, Deiveson Figueiredo e Glover Teixeira -, os representantes tupiniquins não querem parar por aí e chegam fortes em boa parte das divisões de peso na organização de Dana White.
Por isso, o Brasil pode chegar forte a uma disputa de cinturão em oito categorias distintas, incluindo tanto os homens quanto as mulheres.
Para entender como os atletas podem chegar em disputas com uma luta, a equipe do SUPER LUTAS montou uma lista com nove possibilidades de disputas de título no masculino e feminino dentro do Ultimate. Os destaques estão escalados em ordem alfabética.
Embalado com duas vitórias seguidas nos moscas (até 56,7kg.), Alexandre Pantoja não deve demorar para ter sua chance pelo título. Terceiro no ranking da categoria, o carioca tem triunfos sobre Manel Kape e Brandon Royval, mas espera definição de futuro da categoria.
Com lesão de Deiveson Figueiredo e cinturão interino, que será disputado entre Brandon Moreno e Kai-Kara France, Pantoja pode ter que fazer mais uma luta antes de pensar no cinturão.
Único da lista que ainda não está ranqueado, Alex Poatan pode estar a uma luta de conquistar a oportunidade pelo cinturão dos médios (até 83,9kg.). Lenda do kickboxing, o paulista tem apenas duas apresentações no Ultimate, mas já está escalado para medir forças contra Sean Strickland – quarto do ranking – no UFC 276.
Ainda no mesmo evento, o campeão Israel Adesanya mede forças contra Jared Cannonier pelo título linear. A disputa pode definir o próximo confronto, caso o brasileiro conquiste a vitória. Vale lembrar que ele e o nigeriano contam com grande rivalidade nos tempos de kickboxing e, nas duas oportunidades que se enfrentaram, Poatan levou vantagem.
De todos os nomes da lista, Charles do Bronx é o mais caso mais estranho. O paulista detinha o cinturão dos leves (até 70,3kg.) e estava prestes a fazer sua segunda defesa, mas teve o posto retirado depois de não bater o peso para enfrentar Justin Gaethje no UFC 274, quando venceu no primeiro round via mata-leão.
Por isso, há a garantia do UFC para que Do Bronx esteja na disputa do cinturão vago já em sua próxima rodada. Entretanto, o adversário ainda é indefinido, com especulações envolvendo nomes de Conor McGregor, Islam Makhachev e Beneil Dariush.
Jéssica Bate-Estaca é o conhecido caso de atleta que está sempre de olho no título e figurando entre as melhores da categoria. Com dois triunfos seguidos, a ex-campeã está em terceiro nas moscas (até 56,7kg.), mas também flerta com a possibilidade de descer às palhas (até 52,1kg.) para recuperar seu título.
O momento da paranaense é bom, já que ela superou Cynthia Calvillo e a compatriota Amanda Lemos, ambas na via rápida e no primeiro round. Nas moscas, ela parou em Valentina Shevchenko, enquanto que nas palhas nunca mediu forças contra Carla Esparza.
Lenda do esporte, José Aldo se reinventou nos galos (até 61,2kg.). Ex-campeão nos penas (até 65,7kg.), o brasileiro optou por descer de categoria e começou trajetória perdendo para Marlon Moraes e Petr Yan. Ainda assim, ele deu a volta por cima e superou Marlon Vera, Pedro Munhoz e Rob Font em suas últimas apresentações.
Em terceiro, o manauara ainda não teve sua próxima luta marcada, mas já pediu por uma chance contra Aljamain Sterling. O atual campeão, inclusive, chegou a aceitar o desafio. As conversas, no entanto, ainda não evoluíram.
A atualização mais recente da lista é Ketlen Vieira. Conhecida como ‘Fenômeno’, a manauara bateu, no último sábado (21), Holly Holm na decisão dividida dos juízes e, tendo também já vencido Miesha Tate – ambas ex-campeãs da categoria -, se encontra na segunda posição das galos (até 62,1kg.).
Por isso, em coletiva de imprensa pós-evento, a brasileira revelou que pretende esperar pela revanche entre Julianna Peña, que ocorre em 30 de julho, para conhecer sua próxima rival na organização de Dana White.
Com quatro vitórias em série, Marina Rodriguez está (muito) perto de ter sua chance assegurada. A gaúcha, que compete nas palhas (até 52,1kg.), pode fazer sua revanche contra Carla Esparza – justamente sua última algoz no Ultimate, em 2020.
Marina, no entanto, pode ver a vencedora da revanche entre Weili Zhang e Joanna Jedrzejczyk – que se enfrentam em 11 de junho – furar a fila pela disputa. Com isso, seria necessário fazer outra apresentação para garantir sua oportunidade.
Outro brasileiro que também pode estar presente em nova disputa no futuro é Rafael dos Anjos. Ex-campeão dos leves (até 70,3kg.), o carioca está em sétimo na categoria e, junto a Islam Makhachev, é um dos únicos que ainda não enfrentou Charles do Bronx – que vai disputar o cinturão vago na próxima rodada.
Antes, no entanto, o veterano precisa confirmar boa fase e encara a promessa Rafael Riziev, em luta prevista para 9 de julho deste ano. Inclusive, o duelo – previsto para cinco rounds – fecha o card do UFC Las Vegas 59.
O caso de Taila Santos é especial. Atualmente, a catarinense está na quarta posição em categoria das moscas (até 52,1kg.) e já tem a oportunidade de fazer história no UFC 275, evento que acontece em 11 de junho.
Ela vem em série de quatro vitórias tendo perdido apenas sua estreia no Ultimate e, agora, conta com a difícil missão de destronar o legado de Valentina Shevchenko nas moscas (até 56,7kg.). Para isso, Taila precisou superar Joanne Wood com uma finalização no primeiro round e faz sua estreia na temporada.