Dana White defende UFC das críticas sofridas sobre salários: ‘Todo mundo quer mais dinheiro’

O mandatário saiu em defesa do modelo de pagamentos praticado pela sua empresa e usou como exemplo o sucesso comercial da organização para justificar os valores

D. White em entrevista coletiva pós-evento. Foto: Reprodução/YouTube

Com a discussão sobre salários cada vez mais presente nos noticiários, o presidente do UFC Dana White saiu em defesa da organização que preside. Em entrevista ao “The Pivot Podcast”, o mandatário classificou como ‘justo’ os pagamentos feitos pela sua empresa, criticou os lutadores que exigem maior remuneração e tentou explicar o ponto de vista do Ultimate por não alcançar as altas bolsas pagas no boxe.

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I. Adesanya em seu canal no 'YouTube'. Foto: Reprodução/Instagram

“Sempre haverá discussões. Você ganha dinheiro suficiente? Você? Eu quero conhecer aquele cara que diz: ‘Oh, eu estou bem. Eu ganho muito dinheiro. Não preciso de mais um centavo’. Você nunca vai conhecer essa pessoa. Isso nunca vai acontecer. Todo mundo quer mais dinheiro. E um dos grandes problemas com o boxe é que todos esses caras são pagos em excesso. E toda vez que eles lutam é para fazer dinheiro. Estão apenas tentando conseguir o máximo de dinheiro que puderem deles e depois saem. Você não pode construir uma liga assim. Você não pode construir um esporte. Você não pode ter 750 lutadores contratados, ganhando dinheiro, alimentando suas famílias todos os anos, com esse tipo de mentalidade. Não funciona. Você tem que ter um negócio”, explicou Dana.

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O mandatário insinuou certo egoísmo por parte de alguns lutadores que exigem salários astronômicos e tentou explicar o modelo de negócios praticado pela empresa.

“O que fizemos foi construir um modelo de negócios onde, se você é o campeão, você compartilha a receita do pay-per-view. Se você é o cara principal do card, ou ocasiões especiais em que sabemos que você está trazendo audiência, e você é um grande atrativo, então você também pode compartilhar o pay-per-view. A verdade é que você pega alguns desses caras que chegam pedindo: ‘Eu quero 30 milhões de dólares’. Certo, baseado em quê? Eu também quero. Todos nós queremos esse dinheiro, mas com base em quê? E você nunca vai vê-los se preocupando com os negócios do esporte. Porque este não é um esporte de equipe. Neste esporte aqui, é sobre mim. Eu sou a maior estrela. Eu nocauteei 30 pessoas. Eu fiz isso, eu fiz aquilo. Eu quero o máximo de dinheiro que puder, e eu realmente não dou a mínima para ninguém, incluindo você, o chefe que administra o negócio. Então você tem que manter algum tipo de controle sobre esse tipo de coisa para administrar um negócio rentável”, contou o mandatário.

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O mandatário seguiu defendendo os valores pagos pelo Ultimate e citou o incrível sucesso da organização para ratificar que o modelo de negócios não sofrerá alteração.

“Aqui está o que sempre digo: se você não gosta do que estou fazendo, não gosta do jeito que estou fazendo, saia e arrecade algum dinheiro. Eu fiz assim. Comece o seu próprio negócio e pague o que quiser sempre que você quiser. Construímos uma das ligas esportivas de maior sucesso de todos os tempos em 20 anos. As pessoas realmente querem investir dinheiro nisso, o que faz o esporte crescer, o que cria mais oportunidades para mais pessoas, não apenas os lutadores, mas meus funcionários e as pessoas que contratamos, e isso continua crescendo e crescendo. Quando você deixa essas pessoas entrarem e sugarem toda a vida e o dinheiro, não funciona. Você tem que administrar um negócio e tem que ter um negócio no qual as pessoas estejam interessadas e queiram investir”, finalizou White.

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