A luta entre Gilbert Durinho e Khamzat Chimaev, que aconteceu em 9 de abril no UFC 273, foi uma verdadeira ‘guerra’ de três rounds que deixou uma ponta aberta para possível revanche no futuro. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, o brasileiro admite que tem planos de uma segunda luta e sente que a história com o sueco ainda não acabou.
“É um plano enfrentá-lo novamente. Não acabou. Tem que ser (uma luta de) cinco rounds. E eu tenho quase certeza que vai acontecer de novo se nós continuarmos bem. Acho que ele ganha do Colby (Covington) ou (Belal) Muhammad, pois tem condições de ganhar dos dois. E, ganhando ou perdendo pelo cinturão, eu acho que luto contra ele depois dessa luta”, afirmou Durinho.
Questionado sobre como avaliou o combate e as mudanças que faria em seu jogo, Gilbert cita surpresa com envergadura de Khamzat, que aproveitava a base de canhoto para trocar de base. O brasileiro ainda admitiu que o estilo do sueco surpreendeu e o prejudicou no duelo.
“Ele era mais longo do que eu pensava e mudou muito de base. Eu gosto de lutar contra canhoto, pois a maioria dos nocautes e knockdowns foram contra (lutadores) canhotos. Só que quando o cara começa a fazer trocas no meio da luta é difícil de eu pegar o tempo. Eu não esperava que ele fosse trocar tanto de base. Foi mais difícil de eu achar o tempo e onde ele conseguiu mais me acertar”, avaliou o lutador.
Para vencer, Durinho também considera que poderia ter treinado suas movimentações de perna e cabeça para, assim, mudar o rumo do resultado.
“Eu faria várias coisas diferentes. Estive com meu treinador de boxe e ele falou que eu deveria ter movimentado bem mais. Eu sabia que o cara era grande e luta inclinado, então faz a envergadura ficar ainda maior. Faltou movimentação de perna e cabeça. Eu teria treinado ainda mais isso para sair dos golpes retos dele”, acrescentou.
Em grande fase na organização dos meio-médios (até 77kg.) com sete lutas sem perder, Belal Muhammad passou por Vicente Luque em sua última apresentação, mas optou por não desafiar Durinho. Os dois atletas, no entanto, estão entre os melhores da divisão e Gilbert expressou desejo de enfrentá-lo, apesar de admitir foco em outros atletas.
“É possível. Eles falaram de uma grande luta, então já penso logo em Nate ou Nick Diaz, Jorge Masvidal, revanche contra Khamzat (Chimaev) ou Dustin Poirier que quer subir. Ficam esses nomes para mim. Eu sei que são lutas mais delicadas e, se não fecharem, vai ser o Belal (Muhammad). Não corri de luta na minha vida inteira e não vai ser agora. Se me perguntarem agora, eu diria que não seria minha primeira opção, mas está na minha cabeça”, finalizou.
Ex-desafiante dos meio-médios, Durinho continua com moral mesmo após duas derrotas em seus últimos três confrontos. Aos 35 anos, o niteroiense possui um cartel de 20 triunfos e cinco reveses no MMA profissional.