Esperança brasileira na divisão dos médios (até 83,9kg.), Alex Poatan segue em evidência no Ultimate. Com apenas duas vitórias, o brasileiro se credenciou para um confronto contra Sean Strikland, que está previsto para acontecer no UFC 277, em 30 de julho.
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Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, Poatan reconheceu a qualidade de Strickland, mas diz que brechas do adversário encaixam em seu jogo. A lenda do kickboxing, no entanto, declarou que ‘tudo pode acontecer’ no combate.
“É um cara duro, vem com seis vitórias consecutivas e tem uma experiência. Mas eu vejo muitos erros e brechas que encaixam perfeitamente em meu jogo. (…) luta é luta e eu tenho muitas coisas para mentalizar. É um atleta que favorece para que eu tenha um ótimo desempenho e consiga fazer uma ótima luta. Tudo pode acontecer, prefiro trabalhar com a hipótese de ganhar e perder, mas eu vejo muita falha no jogo dele. É um cara que pega duro, mas gosto de ir além. Busco entender a mente dele e o que posso fazer para vencer”, disse Poatan.
Mira afiada
Antes de fechar um duelo contra Strickland, ainda em entrevista pós-vitória sobre Blindado, Poatan pediu por uma luta contra Jared Cannonier. Porém, o ‘Killa Gorilla’, deve ser o próximo ao cinturão e sequer respondeu ao chamado do brasileiro. Questionado sobre o assunto, a lenda do kickboxing afirma que sabe o que está fazendo e não se arrepende do desafio.
“Quando eu fiz aquele desafio (para Jared Cannonier) depois de minha luta, muitas pessoas criticaram e outras não entenderam. Mas a gente sabe o que está fazendo. Estou muito bem orientado e não me apavorei na hora em chamar um cara que está próximo de disputar o cinturão. Eu achei que fiz o certo e mostrei que não estou falando besteira. Me colocaram contra o quarto do ranking”, destacou o brasileiro.
E o Adesanya?
Disposto a ter um terceiro capítulo contra Israel Adesanya, desta vez pelo cinturão dos médios (até 83,9kg.) do UFC, Poatan abriu as portas para a luta, mas, ao mesmo tempo, questionou o interesse do desafeto em enfrentá-lo. Ainda no kickboxing, os dois lutadores se enfrentaram, com duas vitórias ao brasileiro.
“Não depende de mim, mas do Adesanya. O Strickland é o quarto (do ranking), mas não é o próximo desafiante. Só que temos uma história. Vai depender muito do Adesanya. A gente está vendo que o UFC tem um interesse em fazer. E eu tenho interesse em ser campeão. Mas será que o Adesanya tem interesse em lutar comigo?”, provocou.
Toma lá, dá cá!
Alex Poatan também aproveitou a oportunidade para rebater às críticas que vem recebendo de parte da imprensa por sua rápida ascensão no Ultimate. O lutador desabafou sobre especialistas de MMA que discutem sua qualidade e não entendem sua trajetória de sucesso antes de migrar às artes marciais.
“As pessoas esquecem do que eu fiz fora do UFC. Eu fui campeão de duas categorias (no GLORY, principal evento de kickboxing do mundo). Muitos lutadores de MMA foram campeões olímpicos em outra modalidade e carregam isso. Por que eu não? Acho que isso conta muito, além das vitórias que eu tenho em cima do campeão do UFC”, antes de completar.
“São duas lutas com duas belíssimas vitórias. Muitas pessoas falaram do grego (Andreas Michailidis), que ele era bom. Eu impus meu jogo, fiz o que fiz e as mesmas pessoas mudam o depoimento. E agora dizem: ‘O Alex ainda não foi testado’. Falaram do Bruno (Blindado), mas sempre querem justificar que ainda não fui testado. Se eu pego um cara bom e não deixo fazer nada, eles vão tirar meus méritos? Eu treinei para aquilo”, finalizou.
Histórico de Poatan
Apesar de ainda não estar ranqueado na divisão dos médios (até 83,9kg.), Poatan mostrou que está com moral no Ultimate, após início arrasador. O brasileiro – que foi duplo-campeão de kickboxing no GLORY – bateu Andreas Michailidis e Bruno Blindado em suas duas lutas na organização. Ele tem um cartel de seis vitórias e uma derrota no MMA profissional.