Nada feito. Após ter seu nome envolvido em uma possível negociação para uma quadrilogia com Brandon Moreno, Deiveson Figueiredo fez questão de desmentir as informações. Campeão dos moscas (até 56,7kg.) do UFC, o ‘Deus da Guerra’ está mesmo de olho em uma luta contra Kai Kara-France e já tem em mente a data para voltar à ativa. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, o paraense esclareceu sobre polêmicas e futuro na organização.
No topo da divisão dos moscas desde janeiro de 2022, Figueiredo dividiu o octógono com Moreno em três oportunidades. Até o momento, as estrelas estão empatadas, com um triunfo para cada lado e um empate.
Inserido em uma rivalidade histórica na divisão até 56,7kg., Deiveson está seguro em sua posição de não voltar a enfrentar o mexicano. Irredutível, o brasileiro reforçou a mágoa com sua última vítima, apontando o racismo como o principal fator.
“É fake news (sobre uma negociação para uma quadrilogia). Eu não sei de nada, só vi a imprensa colocando minha luta já agendada. Estou lesionado ainda. Saí de uma luta há dois meses. Ainda nem curti o cinturão direito. Eu quase quebrei meu dedo antes da luta. (…) Estou me recuperando. É uma lesão de cartilagem, e não fica pronto em um estalar de dedos”, afirmou.
Depois de reassumir o cinturão dos moscas no início da temporada 2022, Figueiredo deu a entender que estaria disposto a enfrentar Moreno pela quarta vez. A intenção, no entanto, durou pouco. Ao citar uma situação de racismo como fator principal para a negativa, o paraense reforça a afirmação.
“Ele (Moreno), a equipe dele, os seguidores, todos foram racistas comigo. Ainda continuam me chamando de macaco em rede social. Queria meter um processo nele, mas sou um cara que não gosta de ficar envolvido com justiça. Vou trazer isso à tona, levar ao UFC. Não sei se um dia ele vai me pedir desculpa. É uma luta que não interessa para mim”, cravou.
Com o mexicano fora dos planos, Deiveson tem certeza de que seus fãs não perderão qualidade de luta, caso o Ultimate oficialize seu ‘desafiante dos sonhos’. Após acompanhar a vitória de Kai Kara-France contra Askar Askarov no UFC Columbus, o ‘Deus da Guerra’ parece mais empolgado do que nunca para medir forças contra o neozelandês.
“Certamente, vai pegar fogo. Essa luta tem que acontecer. Meus fãs, a galera que acompanha meu trabalho, Brasil, lá fora, vejo muita gente comentando que quer ver essa luta. Espero que o Dana (White) veja isso como negócio e é um confronto que vai trazer muita grana para mim também. Kai Kara-France é um cara que sabe vencer luta e, se a gente se encontrar nos bastidores, vamos trocar porrada antes da luta”, garantiu.
Em recuperação de uma lesão no dedo da mão esquerda, Figueiredo não quer apressar seu retorno ao octógono. O campeão, então, sugere quando volta à ativa.
“Lá para outubro e novembro, justamente por conta da lesão. Meu dedo está arrebentado. Até lá, vou estar com a mão boa para treinar. Ainda estou sentindo da luta, está inflamado. Quero estar 100% para voltar a treinar e encaminhar os quatro meses para treinar e sem sofrer para cortar o peso”, encerrou.
Aos 34 anos, Figueiredo atingirá a marca 25 lutas como profissional no MMA. Hoje, o campeão do UFC tem 21 vitórias, duas derrotas e um empate.