Entre as mais de 5 mil vítimas fatais da cidade de Mariupol, na Ucrânia, desde o início da invasão russa, está o campeão mundial de kickboxing Maksym Kagal, de 30 anos. De acordo com Oleh Skyrta, treinador de Kagal, o atleta morreu em combate na última sexta-feira (25).
Maksym Kagal estava defendendo Mariupol, palco das investidas mais pesadas do exército russo. O campeão mundial de kickboxing fazia parte do controverso Batalhão Azov, grupo paramilitar de extrema-direita com ideais neo-nazistas que foi promovido a uma unidade da Guarda Nacional da Ucrânia no início da invasão russa, em fevereiro.
“Infelizmente, no último dia 25 de março, Maksym “Piston” Kagal foi morto enquanto defendia a cidade de Mariupol com uma unidade do batalhão Azov. (Kagal) Foi o primeiro campeão mundial de kickboxing da gloriosa cidade de Kremenchug, o primeiro campeão mundial adulto da equipe da Ucrânia, além de uma pessoa honesta e decente. Descanse em paz, irmão, nós vamos vingar você”, escreveu o treinador Oleh Skyrta.
Maksym Kagal defendeu a seleção ucraniana e foi campeão mundial de kickboxing em 2014 e em 2020, em eventos organizados pela ISKA, Associação Internacional de Karatê Esportivo.
Assim como Kagal, outros artistas marciais ucranianos consagrados como o campeão mundial peso pesado de boxe Oleksandr Usyk e o campeão meio-médio do Bellator Yaroslav Amosov optaram por ajudar o país contra a invasão russa.