O episódio da prisão do ex-campeão peso pesado (até 120,2kg.) do UFC, Cain Velasquez, segue dando o que falar. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, Fabrício Werdum saiu em defesa de seu antigo rival, que teria perseguido e atirado contra um veículo em que estava um homem acusado de abusar sexualmente de um familiar do lutador.
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Werdum analisou o caso e acredita que manter Velasquez em cárcere é uma injustiça. Além de prestar solidariedade, o brasileiro afirmou que ‘todo mundo faria igual’ em caso de suposto abuso contra um parente.
“Eu acho bem complicado. Acho uma injustiça pela situação. Eu sei que ele errou, pois não estava só o agressor dentro do carro. (…) não quero influenciar ninguém, mas acho que, como um pai, todo mundo faria igual. Cabeça quente, todo mundo fica cego. Ele merece estar na cadeia, mas não Cain Velasquez – que é um cara do bem e não tem antecedentes. A justiça tem que olhar tudo isso para dar um crédito ao Velasquez”, avaliou Werdum.
O brasileiro, inclusive, teria enviado uma carta ao tribunal junto a outros importantes lutadores e requisitou clemência para Velasquez. Agora, o brasileiro reforça a mobilização com o caso e pede para que a comunidade dos esportes de combate também ajude o ex-campeão.
“Ele errou. (O tiro) pegou em um inocente e ele poderia ter matado alguém. Eu sei disso. Mas quem faria diferente? Todo mundo faria igual. Tem que ter a justiça, mas é uma situação crítica e eu acho que toda comunidade da luta tem que ajudar. Se tiver que postar ou falar sobre isso, não terei vergonha por ser rival”, finalizou.
Werdum dividiu o octógono com Cain em 2015. O combate, na ocasião, valia a unificação do cinturão dos pesados (até 120,2kg.) e o brasileiro ‘chocou o mundo’ ao derrotar o então campeão com uma guilhotina, em luta disputada no México.
Cain, agora, tem sido acusado de premeditar um homicídio e atirar em veículo ocupado, além de agressão com arma de fogo e descarregar intencionalmente um projétil dentro de um veículo, com a intenção de cometer um crime. Caso seja considerado culpado, ele pode enfrentar uma sentença de 20 anos de prisão, sob possibilidade de ser estendida para a perpétua.