Até hoje, todas as edições do o UFC sob o comando da Zuffa (empresa dos irmãos Fertitta e Dana White) no Brasil tiveram um atleta brasileiro na luta principal. Mas na opinião do diretor de desenvolvimento internacional do UFC, Marshall Zelaznik, essa política da organização pode mudar em breve.
“Acho que podemos vir aqui com um desafiante importante de qualquer nacionalidade, de qualquer país. Os brasileiros conhecem (MMA). Sim, eles amam seus compatriotas, mas eles reagem tão positivamente… Apesar de vaiarem, eles gostam de ver os lutadores internacionais, não-brasileiros, vindo. Pense em Michael Bisping, quando ele veio. As pessoas apareceram por ele. Se tivéssemos por exemplo uma luta do Michael Bisping por posição na divisão dos pesos-médios, acho que os brasileiros compareceriam”, disse o dirigente após o UFC Rio 4, no último sábado (3).
Zelaznik ainda comparou a audiência brasileira à norte-americana. “Apesar de estarmos alimentando os brasileiros com muitos eventos principais incluindo brasileiros, não acho que é uma necessidade para nós. Acho que podemos vir para cá com qualquer card e venderíamos bem. Esta é uma audiência faminta e conhecedora, nada diferente da que temos nos EUA. Lá, veremos dois brasileiros lutando pelo título ou qualquer coisa, eles virão. E os brasileiros são iguais. Eles querem ver seus compatriotas, mas acho que, com certeza, no futuro, veremos dois não-brasileiros num evento principal”, finalizou.
Neste ano, o Ultimate ainda desembarca no Brasil outras três vezes: em 4 de setembro em Belo Horizonte (MG), com Glover Teixeira e Ryan Bader como luta principal; no dia 9 de outubro, noite de lutas especulada para Barueri (SP); e em 9 de novembro, na cidade de Goiânia (GO). Com exceção do evento na capital mineira, que já tem o card fechado, os demais ainda não tiveram lutas oficialmente anunciadas.