Perto de um dos maiores desafios de sua carreira, Bruno Blindado não esconde a expectativa para o confronto contra Alex Poatan, que acontece em 12 de março, no UFC Las Vegas 50. Promessa brasileira no médios (até 83,9kg.), o atleta falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre o confronto que pode alavancá-lo ainda mais na divisão. Sincero, o paraibano garante aos fãs agressividade do início ao fim.
Na reta final de preparação para seu quarto compromisso com as luvas do Ultimate, Blindado quer ampliar sua invencibilidade na empresa. Para isso, o atleta precisa superar o compatriota menos experiente no MMA, mas famoso pela trocação de excelência.
Famoso por sua agressividade em seus confrontos de MMA, Blindado estará inserido em uma luta diante de uma lenda do kickboxing. Mesmo ciente dos perigos que enfrentará contra Poatan, o paraibano afirma que irá para a batalha franca contra o compatriota e, segundo o combatente, que vença o melhor.
“Muitos falam: ‘Blindado, você vai ser nocauteado pelo Poatan’. É normal. Tem essa possibilidade. Sou um cara que vejo a luta em 50% de chances para cada, independente de quem seja. É luta, porrada na cara. Pegou, desliga. ‘Blindado, você não é tão técnico quanto o Poatan’. Beleza, eu não sou um cara técnico. ‘Blindado, você não vai conseguir colocar ele para o chão’. Também tem chance de acontecer. Agora, o que me ofende é quando dizem: ‘se você trocar com o Poatan, morreu. Vai ter que virar o Khabib’. (…) Vou ter que me prestar a uma humilhação dessas? É luta. Quando eu falo que eu quero deixar um legado, não é frase para Facebook. (…) Eu sei onde eu quero e posso chegar. Acreditando ou não, não tem problema. Só me respeite. Posso ganhar do Poatan? Posso. Posso perder? Posso. Eu vou lutar como um frouxo?”, explicou o atleta.
Com de costume, Bruno garante que não irá com um plano fixo para o confronto diante de Alex. O lutador, então, volta a explicar por que não aposta em uma estratégia em seus desafios.
“Não gosto de estratégia, porque quando você não realiza, você se frustra. Você pensa em colocar no chão, mas, e se não conseguir? Vai ‘pedir pause’ para falar com o técnico? Não tem essa. É 15 minutos de cacete. Quando vou lutar, faço umas 300 estratégias diferentes na minha cabeça. (…) A galera acha que eu só tenho três lutas na minha carreira, as três que fiz no UFC. O passado não existiu”, questionou.
Com três nocautes consecutivos no Ultimate, Blindado não quer fugir de sua característica. Em embate de dois trocadores natos, o paraibano afiram que o nocaute é o desfecho mais possível.
“Eu só me vejo nocauteando. Se ele me der o pescoço, eu pego. (…) Ele está treinado com o Glover Teixeira, e é melhor que ele treine mesmo. Eu gosto de sair na mão com cara bom. (…) Prefiro perder aplaudido do que ganhar vaiado”, garantiu.
Na busca por um lugar na elite dos médios do UFC, Bruno explica o que espera de sua posição na categoria, caso supere Poatan. O combatente vê com bons olhos a possibilidade de se aproximar dos mais bem colocados do grupo liderado por Israel Adesanya.
“O UFC não tem aquele parâmetro, não dá para saber. Tem cara que tem três lutas e está no top 5. Tem cara que tem 30 e está no top 20. Seria muito injusto ganhar do Poatan e não estar no top 15. Tem cinco caras no top 15 e alguns que nem lutam há anos”, encerrou.
Aos 32 anos, Bruno Blindado se encaminha para sua 29ª luta como profissional no MMA. O atleta, hoje, soma 22 vitórias e seis derrotas na carreira.
Lenda do kickboxing, Alex Poatan fará seu sexto desafio nas artes marciais mistas. O ex-campeão do Glory, de 34 anos, tem quatro triunfos um revés.