Cinco motivos para assistir ao UFC 271, com revanche entre Adesanya e Whittaker pelo cinturão dos médios

Evento traz 14 confrontos aos fãs e conta com ‘acerto de contas’ entre ícones da organização na luta principal; dois brasileiros são destaques

I. Adesanya e R. Whittaker em encarada antes do UFC 271 (Foto: Instagram/UFC_Brasil)

Chegou o grande momento. Dois anos depois de atropelar Robert Whittaker e assumir o cinturão absoluto dos médios (até 83,9kg.), chegou a hora de Israel Adesanya reencontrar a antiga vítima. Neste sábado (12), em Houston (EUA), as estrelas voltam a dividir o octógono em confronto que pode mudar o futuro da categoria. Além da disputa de cinturão, o evento conta com mais 13 embates programados.

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Siga os resultados do UFC Abu Dhabi. Foto: Reprodução/Instagram @ufc

Considerado uma das principais estrelas na história recente do Ultimate, Israel Adesanya tem novo compromisso de peso na carreira. Além do confronto definir a manutenção – ou não – de seu trono, o combatente também se apresenta para defender sua invencibilidade na categoria até 83,9kg.

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Duramente batido por ‘Izzy’ no UFC 243, Robert Whittaker precisa provar que evoluiu e que o tropeço contra o nigeriano não passou de mero acaso. Para retomar a condição de desafiante, o neozelandês passou por três desafios, confirmando o bom momento e assumindo a posição de número um no ranking.

A luta co-principal marca um ‘choque de carretas’. Representantes dos pesados (até 120,2kg.) e com fama de nocauteadores, Derrick Lewis e Tai Tuivasa se encaram em duelo que promete emoção. Enquanto o norte-americano tenta manter a posição de destaque na categoria, o australiano tenta dar um salto importante no grupo liderado por Francis Ngannou.

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O torcedor brasileiro contará com dois representantes no fim de semana. Escalado no card principal, Renato Moicano encara Alexander Hernandez, enquanto Douglas D’ Silva, no preliminar, enfrenta Sergey Morozov.

Para entrar no clima, nossa equipe selecionou cinco motivos para acompanhar o UFC 271. Confira:

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1) Adesanya x Whittaker: acerto de contas

I. Adesanya (esq.) derrotou R. Whittaker (dir.) no UFC 243. Foto: Reprodução/Instagram

Quando se enfrentaram pela primeira vez, no UFC 243, Whittaker e Adesanya fizeram um embate pela unificação do título da categoria. À época, o nigeriano ostentava o cinturão interino, conquistado em batalha épica contra Kelvin Gastelum. Invicto na carreira, o nigeriano precisava comprovar o ‘hype’ sobre seu nome, e conseguiu.

Com show de técnica, Israel conseguiu anular a estratégia de Robert e foi além. A coroação do atleta foi em grande estilo, com um duro nocaute no segundo round.

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Pouco mais dois anos se passaram e Whittaker conseguiu provar que não se deixou abalar com o revés. Enquanto o novo campeão realizava três defesas de título, o neozelandês precisou ‘rodar’ e superar os compromissos impostos pelo Ultimate.

Para chegar no UFC 271, Robert passou por três adversários e com atuações convincentes. Israel também fez sua parte.

O espetáculo, então, enche de expectativa, pois traz dois protagonistas em grande forma e sedentos por novo resultado positivo.

2) Adesanya ‘perseguindo’ legado de Aderson Silva

A. Silva (esq.) e I. Adesanya (dir.) se enfrentaram em 2019. Foto: Reprodução/Facebook ufcbrasil

Tratado como um dos ‘atletas de ouro’ do UFC, Israel Adesanya ainda está longe, mas pode dar mais um passo importante na ‘caça’ por se aproximar da importância de Anderson Silva no peso médio. Eleito pelo próprio ‘Spider’ como seu sucessor, o nigeriano coleciona números expressivos e, caso vença neste fim de semana, pode ir além.

Aos 32 anos, Adesanya coleciona 10 apresentações nos médios do Ultimate, vencendo em todas as oportunidades. Desde que se tornou campeão, o nigeriano somou três defesas de título, algo ainda muito distante do que fez Anderson, quando reinava no grupo.

Na carreira, Israel acumula 21 resultados positivos, com 15 nocautes e um resultado positivo. Silva, do outro lado, somou 34 triunfos, com 23 nocautes e 11 tropeços.

Embora ‘Izzy’ admita que não persegue os números de ‘Spider’, é inevitável que as potências não sejam colocadas em comparação em algum momento.

3) Whittaker pode ‘salvar’ o peso médio

R. Whittaker vem de três vitórias consecutivas no UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Os fãs do peso médio podem ter motivos para torcer para Robert Whittaker neste fim de semana. Caso Adesanya tenha novo resultado positivo, o atleta pode tornar a divisão vítima do talento fora de série de um combatente.

Se Israel passar pelo neozelandês, apenas Jared Cannonier, no top 5, não terá amargado uma derrota para a estrela nigeriana. Fora da elite, alguns nomes podem assumir a condição de desafiante, mas ainda não estão lá por, vezes não promoverem confrontos que engajem tanto o público quanto a diretoria do Ultimate, ou por necessitarem de ainda mais testes na companhia, como é o caso de Alex Poatan.

Desconsiderando Cannonier, o mais próximo de uma chance é Derek Brunson, que encara Jared no mesmo UFC 271. O detalhe é que o veterano já foi duramente nocauteado pelo atual campeão, quando Adesanya sequer ostentava o título.

‘Carrasco’ de Adesanya por duas vezes no kickboxing, Alex Poatan tem sido assunto frequente sobre um possível desafiante. Um detalhe importante é que o brasileiro tem apenas uma luta pelo UFC e, apesar do show no debute, sequer figura no top 15, o que torna um embate inviável, pelo menos no momento.

Caso Whittaker choque o mundo e reassuma a categoria, os demais atletas já derrotados por Israel ‘respiram’. Nomes como Paulo Borrachinha e Marvin Vettori voltam à prateleira de concorrentes ao título, assim como outras vítimas do talentoso nigeriano.

4) Encontro de ‘carretas’

D. Lewis (esq.) enfrenta T. Tuivasa (dir.) no UFC 271. Foto: Montagem SUPER LUTAS

Embora não haja cinturão em disputa, a luta co-principal do UFC 271 tem, no papel, os ingredientes para deixar os espectadores ligados. Na penúltima luta do show, Derrick Lewis e Tai Tuivasa levarão as agressividades para o octógono em confronto que, dificilmente, dura três rounds.

De um lado, Lewis, duas vezes desafiante ao cinturão dos pesados (uma pelo linear e outra pelo interino), tenta defender a terceira posição e confirmar a segunda vitória consecutiva.

Embora o ‘gigante’ já tenha declarado publicamente que não pretende, em curto prazo, fazer lutas de cinco rounds, seu nome pode ser novamente cogitado para um confronto pelo título.

Do outro lado, Tai Tuivasa fará o combate mais importante de sua carreira, até o momento. Agressivo, o australiano vem de atropelo severo sobre Augusto Sakai. Caso supere Lewis, o atleta, que, hoje, figura na 11ª posição, poderá saltar direto para o top 5.

5) Brasil no octógono

R. Moicano (esq.) e D. Silva (dir.) são estrelas brasileiras no UFC 271. Foto: Montagem SUPER LUTAS

Os fãs brasileiros contarão com dois representantes no espetáculo. No UFC 271, as estrelas se apresentam no card preliminar, com lutas nos leves e galos.

Antigo destaque dos penas (até 65,7kg.) e vivendo um novo momento no peso leve (até 70,3kg.), Renato Moicano busca estabilidade. Neste fim de semana, o lutador tentará a segunda vitória seguida no grupo liderado por Charles do Bronx, mas, para isso, precisa superar Alexander Hernandez, que também quer a ascensão na categoria.

Primeiro tupiniquim a subir no octógono, Douglas D’ Silva quer emplacar uma série invicta no grupo e interromper a oscilação. O paraense, porém, não terá vida fácil. O peso galo (até 61,2kg.), neste sábado, enfrenta o perigoso Sergey Morozov. Os dois buscam um lugar no top 15 da divisão de Aljamain Sterling.

Ficha técnica do UFC 271

Data: 12 de fevereiro de 2022

Horário: A partir das 20h (horário de Brasília)

Local: Toyota Center, Houston, Texas, EUA

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CARD PRINCIPAL (0h, horário de Brasília)

Peso médio: Israel Adesanya x Robert Whittaker – Luta pelo cinturão

Peso pesado: Derrick Lewis x Tai Tuivasa

Peso médio: Jared Cannonier x Derek Brunson

Peso leve: Alexander Hernandez x Renato Moicano

Peso leve: Bobby Green x Nasrat Haqparast

CARD PRELIMINAR (20h, horário de Brasília)

Peso pesado: Andrei Arlovski x Jared Vanderaa

Peso mosca: Roxanne Modafferi x Casey O’Neill

Peso galo: Kyler Phillips x Marcelo Rojo

Peso meio-pesado: Carlos Ulberg x Fabio Cherant

Peso galo: Mana Martinez x Ronnie Lawrence

Peso médio: AJ Dobson x Jacob Malkoun

Peso galo: Douglas D’Silva x Sergey Morozov

Peso meio-médio: Jeremiah Wells x Mike Mathetha

Peso pesado: William Knight x Maxim Grishin

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