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Relembre a trajetória de Popó, tetracampeão mundial e lenda do boxe que volta aos ringues contra Whindersson

Dono de cinturões em duas divisões, baiano de 46 anos se apresenta neste domingo em confronto contra fenômeno do YouTube

A. Popó é considerado um dos maiores nomes na história do boxe brasileiro. Foto: Reprodução/Instagram

Loucura? Com certeza, mas, acreditem: existem pessoas que desconhecem quem é Acelino Popó Freitas, pugilista que enfrenta Whindersson Nunes, neste domingo (30), em superdesafio de boxe. Aos curiosos, este perfil te apresenta o maior representante brasileiro na ‘nobre arte’ desta geração. Para os saudosistas, venha revisitar a trajetória do ex-campeão mundial, um ídolo que fez história no esporte, e que volta ao ringue neste fim de semana.

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Os que nasceram nos anos 2000 não tiveram a oportunidade de acompanhar o auge de Popó nos ringues. Rápido, agressivo e nocauteador, o discípulo de Luiz Dórea brilhou nos ringues na década de 1990 e início dos anos 2000, conquistando quatro títulos mundiais nos super penas e leves.

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Primeiramente, por que ‘Popó’?

Nascido em 21 de setembro de 1975, na cidade de Salvador, Bahia, estado famoso por entregar grandes representantes aos fãs de boxe, a lenda foi batizada como Acelino Freitas. ‘Popó’ veio com o tempo, em apelido ‘presenteado’ pela mãe, Zuleica Freitas, que fazia referência ao som do filho quando era amamentado.

Mal Dona Zuleica sabia que estaria criando um ‘grito de guerra’. Um nome que seria gritado por nomes como Galvão Bueno, ícone da televisão brasileira em narrações de eventos esportivos.

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Início no boxe amador

Como grade parte da população brasileira, Acelino teve infância pobre. ‘Cria’ da Cidade Nova, na periferia de Salvador, o baiano também era filho de Niljalma Freitas, pugilista, e irmão de mais três lutadores de boxe.

O início do sucesso de Freitas na ‘nobre arte’ aconteceu em 1989, aos 14 anos, quando o atleta se tornou Campeão Baiano de boxe amador. A partir daí, Acelino não parou mais. Em 1992, o jovem foi além e conquistou o cinturão de Campeão Brasileiro.

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O ano de 1995 também foi de grande importância para Popó. Escalado para a Seleção Brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Mar Del Plata, na Argentina, o ‘jovem’ de Salvador foi medalha de prata. Premiado na competição, o atleta revelou, em entrevista à ‘Band’, que presenteou a mãe com uma geladeira, algo fora da realidade da família naqueles tempos.

O sucesso nos Jogos Pan-Americanos levou Popó ao boxe profissional. Com sonho do ‘ouro’, o brasileiro sabia que, a partir daquele momento, era ‘vencer ou vencer’ para chegar ao sonho de conquistar um título mundial.

Popó chega aos profissionais

O dia 14 de julho de 1995 está marcado na vida de Acelino. Neste dia, o pugilista realizou sua primeira luta como profissional no boxe. O resultado acabou sendo nos moldes que o tornaram famoso mundialmente. Contra Adriano José Soares, Popó nocauteou, e de forma rápida, no primeiro round.

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Da estreia ao primeiro título mundial, foram 19 apresentações, vencendo em todas os compromissos e, de quebra, todos por nocaute. Contra Anatoly Alexandrov, pelo título mundial da Organização Mundial de Boxe (WBO), Freitas voltou a chocar. Em 7 de agosto de 1999, na França, diante do cazaque, Popó chegou ao sonhado estrelato e de forma brutal.

Em luta prevista para 12 rounds, o brasileiro não quis saber de enrolação. O atleta precisou de pouco mais de um minuto para atropelar o oponente, que ficou na lona por cerca de cinco minutos, consequência dos duros golpes do baiano.

Como campeão dos super penas pela WBO, foram 11 defesas de cinturão. Em meio aos desafios, o atleta de Salvador também conquistou o título da Associação Mundial de Boxe (WBA), em 2002, quando passou por Joel Casamayor, em confronto realizado em Las Vegas (EUA).

Após a 10ª defesa de cinturão, o baiano recebeu o título de ‘Supercampeão’, condecoração entregue pela Organização Mundial de Boxe.

Segundo título mundial

O sucesso de Popó no boxe não se limitou aos super penas. Em janeiro de 2004, o brasileiro, invicto na ‘nobre arte’, recebeu a oportunidade de disputar o cinturão dos leves.

O confronto pelo segundo título aconteceu contra Artur Grigorian. Em confronto de 12 rounds, Acelino foi declarado vencedor na decisão unânime dos juízes, somando mais um cinturão pela WBO.

Primeira derrota e redenção

O primeiro tropeço do campeão aconteceu em 7 de agosto de 2004, em sua primeira defesa de trono no peso leve. O resultado negativo aconteceu diante de Diego Corrales, por nocaute no 10º round.

A trajetória de sucesso de Popó nos super penas permitiu que o baiano recebesse a oportunidade de retomar o trono dos leves na WBO em abril de 2006, em confronto pelo cinturão vago. Contra Zahir Raaheem, o tupiniquim não teve vida fácil, mas, na decisão dividida, reconquistou o título da categoria.

Primeira aposentadoria

Depois de retomar o trono dos leves em 2006, Popó voltou ao ringue em abril da temporada seguinte para encarar Juan Diaz. No confronto, Acelino acabou derrotado por desistência e, naquele momento, deixou o esporte.

Volta contra promessa

Em 2012, um jovem talento do boxe despontava para o esporte e decidiu, ‘por bem’, desafiar Popó para um confronto. Michel Oliveira estava invicto em sua trajetória na ‘nobre arte’ e entendeu que, para alavancar seu nome, nada melhor do que propor um embate contra uma lenda.

Irritado, Popó, à época, se disse desrespeitado e aceitou o compromisso de encarar um adversário mais jovem e que não conhecia o sabor da derrota. A luta aconteceu no Uruguai e, de forma dura, Acelino ‘ensinou’ ao adversário que ainda tinha condições de atuar em alto nível. A vitória veio em seu maior estilo, um duro nocaute no nono round.

Após bater Michel, Popó subiu ao ringue em mais duas oportunidades. Em 2015, o baiano encarou e superou o argentino Mateo Veron, também por via rápida. Em 2015, o mexicano Gabriel Martínez foi a última vítima do baiano, por pontos. Desde o episódio, Freitas se manteve longe dos ringues.

Superdesafio contra youtuber

Seguindo os moldes do sucesso nos desafios dos irmãos Jake e Logan Paul, Acelino Popó Freitas, de 46 anos, e Whindersson Nunes, de 27, decidiram trazer o formato do espetáculo dos youtubers norte-americanos para o Brasil. O pontapé inicial acontece neste domingo (30), em Florianópolis (SC), em espetáculo que traz embates de boxe, kickboxing e MMA.

O protagonismo do ‘Fight Music Show’ fica por conta de Popó e o fenômeno da internet, Whindersson Nunes. O desafio das estrelas teve início no fim de 2020, mas só tomou forma e foi confirmado no fim de 2021.

Enquanto Acelino traz consigo um cartel de 43 lutas profissionais, com 41 vitórias e duas derrotas, Whindersson leva sua paixão pela ‘nobre arte’ e um compromisso realizado no boxe amador.

Provocações à parte, Nunes tem mostrado respeito pelo ex-campeão mundial e garante que entregará tudo no ringue. Popó, do outro lado, garante que o duelo será ‘à vera’, com possibilidades de nocaute.

Além de Popó e Whindersson, Rogério Minotouro, ex-UFC, faz a luta co-principal, na qual encara Leonardo ‘Leleco’ Guimarães. Candidato a futuro campeão mundial de boxe, Esquiva Falcão também estará no show. O atleta enfrenta o ex-BBB Yuri Fernandes.

O papel de apresentador ficará por conta do humorista Tirulipa. A parte musical será comandada por Wesley Safadão.

Relação de lutas do Fight Music Show

CARD COMPLETO

BOXE

Whindersson Nunes x Acelino ‘Popó’ Freitas

Rogério Minotouro x Leonardo ‘Leleco’ Guimarães

Esquiva Falcão x Yuri Fernandes

KICKBOXING

Matheus Aires x Igor Merlin

MMA

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