O ano de 2021, definitivamente, teve histórias para contar. Com a retomada gradual de público nas arenas com a diminuição de casos da COVID-19, os fãs puderam ver grandes atuações e feitos de lutadores das mais diversas organizações.
E, como forma de homenageá-los, o SUPER LUTAS separou uma retrospectiva na última semana de 2021 com os principais lutadores ‘Destaques do Ano’ no mundo das artes marciais mistas. Vamos para a lista?!
Pupilo de Khabib Nurmagomedov, Islam Makhachev não entrava no octógono desde setembro de 2019, quando bateu o brasileiro Davi Ramos no UFC 242. Porém, para 2021, o russo ‘voltou com tudo’ e mostrou grande superioridade ao finalizar três adversários – Drew Dober, Thiago Moisés e Dan Hooker – em sequência. Com os resultados, ele chegou ao quarto lugar na divisão dos leves (até 70,3kg.) e pode conseguir uma disputa de título, caso repita os mesmos feitos no próximo ano.
Apesar de já estar no Ultimate desde 2018, o terceiro ano de Marina Rodriguez foi o mais expressivo desde sua estreia. Especialista em Muay-Thai, a catarinense nocauteou Amanda Ribas em janeiro e também conseguiu dominar e superar Michelle Waterson e Mackenzie Dern na decisão dos juízes, em maio e outubro, respectivamente. Esperança brasileira nas palhas (até 52,1kg.), a atleta está em terceiro no ranking da categoria liderada por Rose Namajunas.
Ciryl Gane, de fato, veio para ficar. Depois de passar por uma série de cancelamentos que prejudicaram sua atividade no ano anterior, o francês conseguiu chegar ao cinturão interino dos pesados (até 120,2kg.) depois de, com um estilo estratégico, bater Jairzinho Rozenstruik, Alexander Volkov e Derrick Lewis. Em janeiro, inclusive, ele tenta unificar seu título contra o ex-parceiro de treinos, Francis Ngannou, no dia 22 de janeiro, pela luta principal do UFC 270.
‘Cria’ do Bellator, AJ McKee se apresentou uma vez em 2021. Ainda assim, o norte-americano teve destaque ao destronar o reinado que durou quatro anos do brasileiro Patrício Pitbull nos penas (até 65,7kg.) e, com uma guilhotina, se tornou campeão do Grand Prix da franquia de Scott Coker. A luta, inclusive, é tida pelo próprio presidente como a maior da história da companhia.
Bruno Cappelozza viveu uma mistura de sentimentos neste ano. O brasileiro faturou um milhão de dólares (cerca de R$ 5,7 milhões) após superar três adversários com fortes nocautes no torneio dos pesados (até 120,2kg.) da PFL. Porém, na mesma semana da conquista, ele soube do falecimento de seu pai, João Roberto Cappelozza, um dos maiores incentivadores de sua carreira. Em homenagem à memória de seu genitor, bem como suas boas atuações no decágono, Bruno está entre os ‘Destaques do Ano’.
Se Rose Namajunas definisse seu ano em uma palavra, certamente ‘reinvenção’ seria uma das possibilidades. Afinal, a norte-americana – que já tinha conquistado o título das palhas (até 52,1kg.) no passado – mostrou grande evolução e se tornou campeã pela segunda vez, com um chute brutal, sobre a ainda invicta no UFC, Weili Zhang. Em seguida, na revanche contra a chinesa, ela conseguiu uma leve vantagem e seguiu com o título na decisão dividida, em duelo no UFC 268.
Com a idade avançada, também vem a sabedoria. Aos 42 anos, Glover Teixeira se tornou o segundo lutador mais velho a conquistar um cinturão na história do UFC quando, na edição de nº 267, finalizou via mata-leão Jan Blachowicz. Antes disso, o mineiro já havia tido a oportunidade contra Jon Jones e ainda passou por uma sequência entre vitórias e derrotas na carreira e, enfim, teve a redenção com o título dos meio-pesados (até 93kg.) com uma série de seis triunfos seguidos.
Oito anos desde que foi a campeã do ‘The Ultimate Fighter 18’, Julianna Peña teve a maior consagração de sua carreira. Ex-medalhista de prata olímpica, a venezuelana conseguiu uma reviravolta espetacular contra Sara McMann em janeiro e, com uma das maiores ‘zebras’ da história do esporte, também viu Amanda Nunes dar os ‘três tapas’ para vestir o cinturão das galos (até 61,2kg.) da organização de Dana White.
Apontado, por muitos, como o melhor lutador da atualidade, Kamaru Usman teve um 2021 especial. Campeão dos meio-médios (até 77kg.), o nigeriano foi o único a defender três vezes seu cinturão diante de Jorge Masvidal (com um dos nocautes mais bonitos do ano), Gilbert Durinho e seu arquirrival, Colby Covington. Além disso, ele quebrou o recorde de vitórias consecutivas na divisão (15).
No topo da lista, Charles do Bronx. Depois de vencer Tony Ferguson em dezembro de 2020, o paulista teve a chance pelo cinturão vago (após aposentadoria de Khabib Nurmagomedov) e não decepcionou. No combate contra Michael Chandler, ele sofreu um knockdown e ficou em apuros, mas teve a consagração aos 19 seg. do segundo assalto. Na mesma noite, também quebrou o recorde de maior número de vitórias por finalização ou nocaute do UFC (17).
Para sua primeira tentativa de defender seu título, o campeão calou os críticos e, apesar ter entrado como azarão nas casas de apostas, também ‘soube sofrer’ antes de finalizar Dustin Poirier no terceiro round – também quebrando o recorde de bônus recebidos na história da organização (18). A favela venceu!