Uma das muitas pessoas surpreendidas com a derrota histórica de Amanda Nunes para Julianna Peña no UFC 269, Cláudia Gadelha expos seu pensamento sobre o que pode ter acontecido para o revés da lenda. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, a mossoroense analisou o confronto, que custou à ‘Leoa’ o cinturão dos galos (até 61,2kg.) e encontrou uma resposta. Para Claudinha, o revés pode envolver mais a questão psicológica do que física.
“Me chocou bastante. Tinha certeza de que a Amanda ganharia aquela luta. É muito superior tecnicamente, mas tem muitas outras coisas envolvidas na luta, além da parte técnica. Lutar não é confortável. Você está tomando socos na cara, chutes, cotoveladas. Têm situações que acontecem, que, às vezes, fazem você repensar”, disse Gadelha.
A ex-desafiante ao título das palhas (até 52,1kg.) do Ultimate, então, foi além. Usando sua experiência como uma das referências brasileiras no MMA feminino, a mossoroense explicou.
“Aquele primeiro round foi bem duro. A Amanda começou a jogar os golpes mais fortes, que nocauteou Cris Cyborg, inclusive. Não fez muita coisa na Julianna. Julianna começou a jogar uns jabs, no final, que estavam pegando na Amanda, e começou a mostrar para Amanda que ela estava ali. Amanda se frustrou. (Nunes) venceu o primeiro round, mas voltou para o segundo diferente”, afirmou Gadelha.
Agora, analisando o desfecho, que acabou com a finalização da venezuelana sobre a baiana, Cláudia sugeriu uma desistência.
“O mata-leão nem estava muito encaixado. Eu acho que foi questão de frustração. Ela (Amanda) não quis mais lutar”, encerrou.
Uma das pioneiras do MMA feminino para os fãs brasileiros, Gadelha anunciou recentemente sua aposentadoria no esporte. A combatente deixou a modalidade aos 33 anos, com 18 vitórias e cinco reveses. A lutadora disputou o título dos palhas em 2016, quando acabou superada por Joanna Jedrzejczyk.