Em grande fase na carreira e invicto em sua trajetória no Ultimate, André Sergipano sabe que tem um longo caminho até uma disputa de cinturão nos médios (até 83,9kg.), mas já está de olho no campeão. Promessa brasileira no grupo liderado por Israel Adesanya, o mineiro vê o nigeriano com vantagem sobre os demais atletas da divisão, mas garante que analisa possíveis caminhos para bater o líder em eventual disputa.
“O (Jan) Blachowicz colocou o Adesanya para baixo e o próprio (Marvin) Vettori. Já mostra um caminho. Eu, meus treinadores e todo o resto da categoria assistimos a luta uma vez, duas, três vezes. Você começa a tentar achar uma brecha no jogo. Quem está no topo, não tem para onde ir mais”, disse Sergipano, em entrevista ao SUPER LUTAS.
Atual número 13 dos médios e invicto na organização com quatro confrontos, Sergipano sabe que, caso siga colecionando vítimas, será inevitável um encontro com Adesanya. Mesmo sabendo que ainda está, de certa forma, distante do sonho, o brasileiro não esconde que já imaginou como se desdobraria um eventual combate.
“Você sempre vai ser tocado, não tem jeito. É saber como suportar as pancadas que vão entrar, tentar quebrar a distância e encurralar. É encurtar para tentar colocar para baixo. Não tem jeito, eu vou ter que trocar com ele. Se eu quiser só voar nas pernas dele, ele vai me parar com um joelho na cara. Você tem que ir sabendo que ‘vai tomar’. Tocar ele de algum jeito, com soco, chute, para fazer, ao menos um segundo, ele fechar para você encostar. É difícil lutar contra um cara desse nível, mas tem que acreditar que vai dar certo”, encerrou.
No topo absoluto da categoria desde 2019, Israel está com luta marcada. Em 12 de fevereiro, o nigeriano tenta nova defesa de cinturão em revanche histórica contra Robert Whittaker, ex-campeão do grupo, destronado por Adesanya há mais de dois anos.