Invicto no Ultimate e vivendo grande momento na carreira, André Sergipano cai, cada vez mais, no gosto da torcida brasileira. Depois da grande vitória sobre Eryk Anders no UFC 269, o mineiro falou com exclusividade ao canal no YouTube do SUPER LUTAS. Promessa dos médios (até 83,9kg.), o combatente revelou influência de Charles do Bronx, analisou o futuro e fez desafio a lutador da elite da categoria.
No último fim de semana, Sergipano subiu ao octógono para seu quarto desfaio com as luvas do Ultimate. Na ocasião, o brasileiro passou por Eryk Anders ao seu melhor estilo: finalizando no primeiro round.
No UFC desde 2019, André coleciona quatro vítimas de seu jiu-jitsu de excelência. Representante da modalidade nas artes marciais mistas, o brasileiro não esconde sua admiração por Charles do Bronx, compatriota que, hoje, brilha no topo absoluto do peso leve (até 70,3kg.).
“Tem um vídeo que ele (Charles) fala que pegou caranguejo no mangue para a mãe dele. Eu sou um cara que veio de baixo também. É sensacional, uma parada de filme, inacreditável. Ele saiu de onde saiu e, com 10 anos de UFC, se tornou campeão. É um cara do bem, alto astral. Representa o povo brasileiro, com superação, dificuldade. Grande parte da nossa população sofre com salário baixo, falta de moradia. Ele representa a gente. Não só campeão do UFC. É o campeão do povo. Acho que a população do Brasil tem que olhar e falar: ‘esse é o cara’. Sou muito fã. Charlinho é do caral***”, disse Sergipano.
No último fim de semana, André subiu no octógono com o duro compromisso de superar o perigoso Eryk Anders. O brasileiro, no entanto, não teve muito tempo de confronto. Com pouco mais de três minutos de confronto, o norte-americano já estava finalizado. Sergipano, então, se disse surpreso, pois esperava um duelo mais competitivo.
“A gente estava esperando uma luta bem mais complicada, até porque a mudança de adversário foi bem em cima da hora. (…) A estratégia era trabalhar para o segundo round, porque o Andres vem muito forte no primeiro. (…) A luta decorreu um pouco em pé, ele começou a se sentir confortável, achando que não teria chão. (…) Na hora que ele entrou com um direto, entrei com um double lag, e consegui quedar. Peguei as costas e consegui a finalização. Consegui colocar em prática tudo aquilo que estava treinando. Fiquei surpreso como tudo decorreu. Pareceu fácil, mas a gente sabe que do outro lado tem um grande atleta”, revelou.
Depois de sua quarta vitória consecutiva, por finalização no primeiro round, André não escondeu quem gostaria de enfrentar na sequência. Para seguir a trajetória rumo ao topo dos médios, o brasileiro escolheu Darren Till, ex-desafiante ao cinturão dos meio-médios (até 77kg.), oitavo no ranking, e que vive momento instável na carreira. O atleta explicou a sugestão.
“Analisando meus adversários que estão acima no ranking e o antijogo, acredito que o Till seria uma boa luta. Ele perdeu para o Derek Brunson e o Brunson, toda vez que botou ele (Darren) para baixo, teve um domínio muito grande. Luta é luta, mas a gente acredita que é um casamento bom. Ele tem um bom direto, trabalha bem a distância. Estou em uma crescente muito boa e, ele, em um momento ruim. Ele se frustra muito fácil. Se, no começo da luta, eu conseguir uma queda, pode ser que acabe rápido. É bom para mim e para ele. É uma luta que vai me colocar no topo da divisão”, admitiu.
Aos 31 anos, Sergipano, hoje, soma 26 lutas como profissional no MMA. O combatente tem 22 vitórias e quatro derrotas, sendo a última em 2016.