Campeão do TUF, Léo Santos desabafa sobre oportunidades no UFC, lesões e analisa luta no sábado

L. Santos é destaque brasileiro no UFC Las Vegas 44. Foto: Reprodução/Instagram

Veterano no Ultimate, Léo Santos está pronto para mais um compromisso com as luvas da organização. Campeão do The Ultimate Fighter Brasil (TUF) 2, o atleta enfrenta Clay Guida neste sábado (4), pelo UFC Las Vegas 44. Antes do embate, o brasileiro falou com exclusividade ao SUPER LUTAS.

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Entre os temas abordados, o lutador comentou sobre a primeira derrota sofrida no Ultimate, a preparação para tentar dar a volta por cima, analisou o próximo rival e comentou sobre sua longevidade no MMA. O brasileiro também desabafou sobre as oportunidades que faltaram dentro do UFC.

Sensação após primeira derrota no UFC

Quem acompanha o Ultimate há mais tempo sabe que Léo brilha no octógono desde 2013, quando conquistou a final do TUF 2 diante de William Patolino. Desde então, foram sete compromissos e a primeira derrota acabou vindo em março desta temporada. Após o tropeço, Santos abriu o jogo e falou sobre o sentimento.

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“Eu faço jiu-jitsu desde oito anos de idade, então, derrota, para mim, é sempre ruim. Não encaro como algo normal. Estarei mentindo se disser que acho normal. No jiu-jitsu, eu perdi muitas vezes, mas ganhei mais. A ideia é essa: ganhar mais do que perde. Todas as vezes que perdi, treinei mais, voltei mais forte, aprendi da forma mais dura. É um esporte que ensina de uma forma dura, mas você precisa evoluir”, afirmou.

Preparação para o confronto

Pouco mais de oito meses após sua derrota no Ultimate, o brasileiro falou sobre sua preparação para enfrentar o folclórico Clay Guida. Segundo o peso leve (até 70,3kg.), há motivos para os fãs se empolgarem para assisti-lo no fim de semana.

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“A gente inovou em algumas coisas. Só poderemos dizer se deu certo após a luta (risos). Foi ótimo. Não teve nada ruim. Deu tudo muito certo”, contou.

Desabafos sobre oportunidades

Marcado na história da organização como um dos vencedores do tradicional reality show, ‘The Ultimate Fighter’, Léo entende que nem sempre teve as melhores oportunidades dentro da empresa. Mesmo com um currículo convincente, o lutador encontra dificuldades para ser escalado contra oponentes da elite. Assim, o combatente fez seu desabafo.

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“Eu já peço alguém de nome, ranqueado desde que eu entrei (no UFC), desde que ganhei o TUF. Acho que sou o único cara do TUF que ganhou oito lutas e não entrou no ranking. Eu lembro que falei com o Dedé (Pederneiras, técnico de Santos): ‘o que eu tenho que fazer? Tenho que xingar?’. Eu mandava nomes, pesquisava a agenda de todo mundo, quem ia lutar, os caras nunca atendiam. Depois de uma derrota, vieram com o nome do Clay Guida. Foi uma vitória da paciência”, descreveu.

Análise do adversário

Neste fim de semana, Santos dividirá o octógono contra um atleta que já esteve perto de disputar o cinturão dos leves. Marcado por seu estilo extravagante, Clay carrega o carinho de parte dos fãs de MMA, além de levar perigo aos adversários. Desta forma, o brasileiro fez sua análise do rival.

“Eu tenho que ficar ligado no wrestling dele e na movimentação. Ele não é um cara normal. Ele se movimenta de uma forma diferente, faz as loucuras, mas o forte é o wrestling. Tem que ficar ligado nas defesas de queda para achar o momento certo de contra golpear ou derrubar ele também”, disse.

Longevidade no MMA

Em janeiro, Santos completará 42 anos. O atleta, no entanto, esbanja saúde e falou sobre sua longevidade no esporte.

“Estou bem conservado (risos). Atravessei gerações. Comecei no jiu-jitsu com oito anos, no MMA com 20 e poucos. Então, vou vendo o pessoal passando e eu continuo. Devagar, mas estou sempre ali. O que mais me desmotiva é quando tem lesão. Você não tem poder sobre isso. Eu faço tudo certinho, mas, quando você machuca, fica meio perdido. Você tem que seguir treinando. Isso que te deixa feliz. Luta é minha vida, desde a minha infância. Como vou viver sem isso? Poderia estar aproveitando, mas minha curtição é isso. Minha curtição é dar soco e chute na cara dos outros (risos)”, desabafou.

Desfecho ideal para sábado

Famoso por seu jiu-jitsu de excelência, Léo não titubeia quando a pergunta é sobre como gostaria de vencer. Sem sequer pensar, o lutador crava.

“Finalização no primeiro round. Faça seu trabalho bem feito, que o dinheiro vem (risos)”, encerrou.

Histórico dos atletas

Aos 41 anos, Léo Santos se encaminha para sua 23ª luta como profissional no MMA. Hoje, o combatente soma 18 vitórias, quatro derrotas e um empate.

Veterano nas artes marciais mistas, Clay Guida chega ao UFC Las Vegas 44 para seu 52º embate. Na modalidade desde 2003, o norte-americano tem 36 triunfos e 21 reveses.

Publicado por
VH Gonzaga