Chris Weidman era um iniciante no MMA quando disputou o ADCC, principal competição de submission do mundo, em 2009. O americano só havia feito duas lutas e mal tinha completado um ano de treinamento formal em jiu-jítsu quando foi a Barcelona disputar o tradicional torneio sem quimono e chamar atenção pela primeira vez dos brasileiros.
Na ocasião, Weidman foi eliminado nas quartas-de-final ao ser derrotado por André Galvão, campeão mundial de jiu-jítsu em todas as faixas e atual campeão do ADCC tanto no peso quanto no absoluto. Apesar da derrota, o americano deu um trabalho enorme para o brasileiro, considerado por muitos um dos melhores lutadores da história da arte suave.
Em entrevista ao Combate.com, Galvão, que está ajudando Anderson Silva nos treinamentos para enfrentar Weidman no UFC 162, relembrou o duelo de quatro anos atrás, elogiou o americano, mas disse que o campeão dos médios do UFC não deverá ser surpreendido.
“Quando lutei com ele, foi uma luta muito dura. É um cara forte, bom de wrestling, e eu senti que ele tem uma posição muito forte, gosta muito de fazer o triângulo de mão passando a guarda para o lado direito”, comentou Galvão, sócio de Ramon Lemos, técnico principal de Anderson, na Atos Jiu-Jitsu. “Acho que ele não vai surpreender o Anderson no chão. A não ser que aconteça alguma coisa que a gente não espera, como uma mão entrar, porque luta é luta… Mas o que vamos falar para o Anderson fazer é ter tranquilidade, que acho que não tem nada de exuberante para surpreender e levar o título embora. Acho que o único caminho dele é o chão, mas os rounds são de cinco minutos, então é muito pouco tempo para o cara exercer toda a técnica em cima do Anderson, que é um faixa-preta de jiu-jítsu”.
O UFC 162 acontece no próximo dia 6 de julho, na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. Além da defesa do cinturão dos médios de Anderson contra Weidman, outros cinco brasileiros estarão em ação no octógono: Roger Gracie, Charles do Bronx, Gabriel Napão, Edson Barboza e Rafaello Trator.