Babalu é mais um a criticar TRT: ‘Não acho que seja justo’

Babalu (esq.) posa ao lado de Bjorn Rebney, presidente do Bellator, quando foi contratado pela organização. Foto: Twitter/Reprodução

Babalu (esq.) posa ao lado de Bjorn Rebney, presidente do Bellator, quando foi contratado pela organização. Foto: Twitter/Reprodução

O carioca Renato Babalu anunciou sua aposentadoria na última semana após sofrer um nocaute diante de Jacob Noe, no Bellator 96. O lutador declarou que o corpo não estava mais em condições de seguir no ritmo pesado de um lutador profissional.

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Nesta semana, em entrevista ao Bloody Elbow, Babalu falou sobre um tema polêmico: o tratamento de reposição de testosterona, conhecido pela sigla TRT. O lutador disse que se aposentou sem precisar alterar seus níveis hormonais. Ele considera injusto o tratamento no MMA.

“Bem, eu não posso julgar ninguém, mas posso falar sobre mim e o que eu penso sobre isso. Não acho que seja justo com ninguém. Se você está controlando seu nível de hormônio deste jeito, é algo que não é exatamente real. Acho que eles deveriam seguir as recomendações dos Jogos Olímpicos”. A WADA, que controla o doping nos esportes olímpicos, não concede permissão para a terapia e só considera aceitável a taxa testosterona/epitestosterona em até 4 para 1, 50% abaixo do tolerado pelas comissões atléticas que regulamentam o MMA.

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Aos 37 anos, profissional desde 1997, Babalu considera que a idade deveria ser um limitador. “Se você está muito velho, deveria simplesmente se retirar do esporte”, disse ele. “Se você não pode lutar porque seus níveis de testosterona estão baixos, deveria se aposentar. O que eu posso dizer? Estas são decisões que eu não posso tomar. Os comissários (representantes das comissões atléticas) que devem decidir essas coisas”.

O ex-Bellator e UFC deixa entendido que o tratamento é válido para quem tem problema de saúde, mas fora do esporte. “Eu nunca faria terapia de testosterona para seguir lutando. Se eu tivesse que fazer por ter algum tipo de problema de saúde fora da luta, seria diferente. Mas para lutar, sem chance. Acho que isso é considerado trapaça”.

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Publicado por
Alexandre Passos
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