Maria Oliveira leva fama de prodígio ao octógono e quer nocaute contra compatriota na estreia pelo Ultimate

Jovem, mas experiente, peso palha fala com exclusividade ao SUPER LUTAS antes de confronto contra Tabatha Ricci

M. Oliveira em sua primeira pesagem pelo UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Com apenas 24 anos, Maria Oliveira já carrega um currículo vitorioso no MMA. Jovem, mas experiente, chegou a hora da realização de um sonho: estrear no Ultimate. Adversária de Tabatha Ricci no UFC Las Vegas 41, a peso palha (até 52,1kg.) falou com exclusividade ao SUPER LUTAS antes do seu maior desafio na carreira, até o momento.

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Considerada um prodígio para a modalidade, Maria falou de sua trajetória até chegar à maior organização de MMA no mundo. Entre surpresas e vitórias, a história da brasileira, enfim, se encontrou com o UFC.

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Como começou no esporte?

Hoje, no MMA Maria contou qual modalidade marcou o pontapé inicial para chegar ao atual contexto. Foi na capoeira e jiu-jitsu que a combatente descobriu ter talento para as artes marciais.

“Eu comecei na capoeira, bem novinha, na escola. Como era escola pública, tinham muitos projetos e, em um deles, iam colocar jiu-jitsu. Deram até quimono, mas acabaram não colocando em prática. Minha prima conheceu um cara que fazia jiu-jitsu e deu um quimono para ela treinar. Ela ficou com vergonha, aí fui junto com ela. No meu segundo treino, disseram que eu levava muito jeito e perguntaram se eu queria competir. Não tinha nem uma semana, e eu disse que queria”, contou.

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Um olho no jiu-jitsu, outro no kickboxing

Embora tenha se saído bem, logo de início, na ‘arte suave’, Oliveira conta com empolgação sobre uma paixão descoberta durante os treinos de jiu-jitsu. A lutadora, que, hoje, também é conhecida por sua agressividade nos cages, se empolgou com o kickboxing.

“Eu treinava em uma academia de lutas e começamos a dividir tatames com outras aulas. Quando eu vi as pessoas treinando kickboxing, pensei: ‘quero treinar aquilo ali’. (…) Fui lá, paguei a mensalidade e comecei a treinar. De novo, meu professor: ‘você leva muito jeito. Não quer lutar?’. Treinei um mês, fui lutar e ganhei a luta. Na segunda luta, eu pesava 47kg., na época, e a adversária, (aproximadamente) 65kg. Ela era mais graduada e, eu, um mês de treino. Eu nem tinha dinheiro para pagar a inscrição, e meu professor pagou a inscrição. Depois, ele disse: ‘vou começar a investir em você”, disse.

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Fama de nocauteador e convite para o UFC

Com passagem pelo ‘Contender’, e 16 lutas profissionais, foi em 2021 que surgiu o convite para que Maria integrasse o corpo de atletas do UFC. O contrato, porém, veio de forma inusitada e com uma surpresa. A atleta, então, narra como aconteceu.

“Eu não me imaginava no UFC tão cedo. Eu bati na trave. Quando me chamaram para o Invicta FC, pensei que faria umas três lutas e, dependendo de como fosse a performance – porque assinei com o Invicta antes, só não cheguei a lutar. Eu vim para os Estados Unidos para ser córner da Jéssica (Bate-Estaca) na última luta dela (setembro) e foi muito engraçado. Eu tenho uma prima que mora em Orlando, e ela se casou. Ia fazer uma semana que estava em Las Vegas e fui para o casamento. O Mestre (Gilliard Paraná, da PRVT) ainda falou: ‘você veio para treinar e ajudar a Jéssica. Não vai ficar saindo’. O problema de nunca ter focado foi família, amigos, eu também. (…) Fui em um sábado e voltei na segunda-feira de manhã. Quando cheguei, me levaram na casa do Mestre. Eu não estranhei. Chegamos na casa dele, ele começou a fazer uma live. (…) A gente estava conversando, rindo e ele começou a falar da nossa trajetória e acabou falando que eu estava contratada. ‘Maria, você está contratada pelo UFC’. Eu não tive reação, porque eu não achava que seria tão cedo. A esposa da Jéssica veio com o contrato, a Jéssica veio com a camisa do UFC. Foi uma sensação muito boa. Não sei explicar”, narrou.

Chegou a hora da estreia

Neste fim de semana, Maria terá um confronto brazuca pela frente. Do outro lado do octógono, estará Tabatha Ricci, responsável por tentar estragar a festa da compatriota. Oliveira, então, revelou parte da estratégia que pretende seguir no UFC Las Vegas 41.

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“Eu, particularmente, acho a Tabatha uma atleta muito boa. Para mim, ninguém que está no UFC é uma atleta ruim. Acho que todos temos pontos fracos. Eu me preparei para uma luta assim: ‘Maria, você tem que levar para o chão’. Não interessa se a Tabatha é faixa preta, eu vou colocar para o chão. ‘Maria, você caiu’. Então, vou me levantar e lutar em pé. Não estou procurando os pontos fracos dela. Estou me especializando nos meus pontos fracos e melhorando mais ainda os meus fortes”, garantiu.

Desfecho ideal

Disposta a convencer logo no debute, Maria tem grandes planos para o confronto. Para a brasileira, um triunfo na via rápida seria marcante.

“Quero um nocaute. Se eu pudesse escolher, tivesse uma lâmpada mágica, eu pediria um nocaute (risos). A minha última luta foi um nocaute no primeiro round. Fico tentando visualizar vários pontos, o que eu posso fazer. Já me vi em várias posições de poder dar um nocautaço”, encerrou.

Histórico das atletas

Aos 24 anos, Oliveira se encaminha para sua 17ª luta como profissional no MMA. Hoje, a combatente soma 12 vitórias e quatro derrotas.

Em sua segunda apresentação no Ultimate, Tabatha Ricci, que busca o primeiro resultado positivo na empresa, fará o sétimo embate. Hoje, a atleta tem cinco triunfos e um revés.

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