Líder absoluto dos leves (até 70,3kg.) do Ultimate, Charles do Bronx admite que não é uma unanimidade quando o assunto é ‘campeão’. Em entrevista ao ‘Trocação Franca’, vinculado ao ‘MMA Fighting’, o brasileiro desabafou sobre ainda se sentir desrespeitado por parte do público, mesmo ostentando o cinturão. Em desabafo sincero, o paulista falou sobre o assunto.
“Não (sobre ter o respeito merecido). Não fora do Brasil, mas dentro do Brasil também. Só acho que a gente tem que colocar na balança. Foram 11 anos para me tornar campeão do UFC. Nove vitórias seguidas, recordista de bônus, de finalização, o cara que mais ‘demorou’ para lutar pelo cinturão, acho que ele merece respeito”, destacou o paulista.
Apontando seu grande feito, Do Bronx seguiu. O combatente esclareceu sobre a situação envolvendo sua fatídica luta contra Michael Chandler, que lhe rendeu o posto máximo dos leves.
“Na luta contra Michael Chandler, eu vinha de oito vitórias seguidas. Quem era o cara que tinha mais vitórias na categoria do que eu? Não deixo nas mãos dos juízes. Ou nocauteio ou finalizo. A única luta que foi para os pontos foi a contra Tony Ferguson, e vocês viram o que aconteceu – e peguei a luta com 15 dias, e fiz o que fiz. Contra o Chandler, ele conseguiu me acertar uma mão dura, eu senti. Ele ficou três minutos me batendo e não conseguiu finalizar. Quando eu acertei uma pancada de esquerda, nocauteei. Como não mereço respeito?”, indagou.
Por fim, Charles fez questão de afirma que existe quem reconheça seus feitos dentro do UFC.
“Muita gente dentro e fora do Brasil me respeita e sabe da minha história, assim como tem gente que não vai respeitar. Se Deus não agradou, por que eu vou agradar (a todos)? Vou continuar fazendo história, acontecer. Sou o campeão”, encerrou.
Em 11 de dezembro, Do Bronx terá, mais uma vez, a oportunidade de ampliar o bom momento na carreira. No UFC 269, o brasileiro fará sua primeira defesa de título e encara o ex-campeão interino do grupo, Dustin Poirier.