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Após superar drama pessoal e no octógono, Cabocão mira top 15 e busca ‘finalização diferente’ no sábado

F. Cabocão é promessa brasileira no peso galo do UFC. Foto: Reprodução/Instagram

A vitória marcante de Felipe Cabocão contra Luke Sanders, em maio, foi além de mais um resultado positivo na carreira do amapaense. Vivendo um drama pessoal, o atleta também comemorou o a superação de sua mãe, Graciete, que se recuperou de um câncer e ampliou os motivos para sorrir do peso galo. Com espírito renovado, o lutador está mais do que pronto para seu novo desafio no Ultimate. Antes de trocar forças com Chris Gutierrez neste sábado (9), o atleta falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre o período de tensão, o compromisso e o futuro na empresa.

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Promessa brasileira na categoria liderada por Aljamain Sterling, Cabocão é ‘cria’ do ‘Jungle Fight’ e vive na pele o bordão popularizado por seu empresário, Wallid Ismail: ‘é tempo ruim o tempo todo’. Seguindo esta filosofia, o lutador busca seu espaço dentro de uma das divisões mais perigosas do UFC.

Cabocão se emociona por ‘guerra’ da mãe

Em maio, como muitos sabem, Felipe vivia um episódio dramático em sua vida pessoal. Sua mãe, Dona Graciete, passava por um tratamento para se recuperar de um câncer nas glândulas parótidas. Tudo aconteceu durante o período de treinamento para sua luta no UFC Las Vegas 25. Depois de vivenciar tanto a vitória da mãe quanto a sua própria, contra Luke Sanders, o atleta não escondeu a emoção ao tratar do momento.

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“Me emociono até hoje quando me lembro (do momento). Meu camp (período de treinamento) foi o momento da descoberta do câncer e isso me abalou bastante. Minha mãe se mostrou muito forte, desde o momento em que ela descobriu isso e falou: ‘filho, a gente vai vencer. Não se preocupe. Foque no seu treino e no seu trabalho’. No dia 2 de junho, ela fez a última sessão de quimioterapia e radioterapia, e venceu, cara. É bastante emocionante falar sobre isso. Várias vezes, eu estava cansado, com preguiça de treinar e ela ia para a quimioterapia, radioterapia, se mostrando forte. Então, não dá para eu ser fraco tendo uma mãe dessas. Mostrei para todo mundo que tenho um coração que tenho um coração grande (contra Sanders, quando venceu com uma virada marcante). Precisam arrancar minha cabeça, se quiserem vencer”, afirmou.

Camp mais ‘leve’

Passado o momento de tensão, Cabocão teve caminho livre para focar em seu próximo desafio. Neste fim de semana, o atleta encara Chris Gutierre e contou um pouco sobre como foi o processo de treinamento para enfrentar um adversário perigoso.

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“Fiz um camp muito bom na ‘Team Nogueira’. Estou me sentindo muito bem, uma nova versão mesmo. Tenho uma visão de jogo bem melhor, me sentindo mais rápido, ágil no chão. Pode ter certeza de que teremos um Cabocão totalmente diferente em 9 de outubro.

Análise de Gutierrez

Disposto a chegar à segunda vitória consecutiva no Ultimate, algo que o lutador ainda não conseguiu desde sua chegada à organização, Felipe estudou com disciplina seu próximo oponente. O atleta, então, analisou as principais características do rival para não correr risco de ser surpreendido no confronto do fim de semana.

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“Ele tem uns chutes baixos muito fortes, mas ele deixa as mãos baixas em alguns momentos. Ele tem uma deficiência na defesa de queda, é meio assustado quando a pessoa consegue encurtar a distância. Essas brechas ‘casam’ com meu jogo. Eu também chuto bem, movimento bem”, admitiu.

Olho no top 15, mas sem pressa

Se passar por Gutierrez, Cabocão confirmará a boa fase na organização. Embora manifeste a vontade de figurar entre os 15 principais atletas dos galos, o brasileiro revela que não tem pressa para avançar ainda mais no grupo. O atleta explicou o projeto.

“Sou o tipo de pessoa que nunca teve muita pressa. Ela é inimiga da perfeição. Gosto de fazer tudo com perfeição na minha carreira. Tenho certeza de que, após essa vitória, vou beirar os adversários top 15 e estar pronto para enfrentar um deles. Se o UFC não quiser me dar um top 15, tudo bem também. Só agradeço por poder estar lutando e recebendo para isso. Quanto mais eu puder lutar e investir mais ainda na minha carreira, melhor”, contou.

Desfecho dos sonhos: finalização diferente

Com jiu-jitsu de excelência, é Felipe espera que sua principal arma seja o ponto alto de uma eventual vitória. O atleta, então, narra como gostaria de superar Chris no UFC Las Vegas 39.

“Eu sou do jiu-jitsu. Uma finalização para mim, daquelas bem diferentes mesmo, tipo armlock (chave de braço) invertido, chave de panturrilha, são posições que eu faço bastante e ‘casam’ com meu jogo. Para mim, seria fechar essa luta com chave de ouro”, encerrou.

Histórico dos atletas

Aos 27 anos, Felipe Cabocão se encaminha para sua 13 luta como profissional no MMA. O atleta, hoje, soma 10 vitórias e duas derrotas na carreira.

Em sua segunda luta na temporada, Chris Gutierrez, 30, fará seu 23º embate na modalidade. O norte-americano tem 16 triunfos, quatro reveses e dois empates.

Publicado por
VH Gonzaga