Sem lamentações: demitido do UFC na última semana, Thominhas Almeida desabafa sobre sua saída da empresa

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Nada de choro e lamentação. Demitido do UFC na última semana, Thomas Almeida não se mostrou chateado com a empresa. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, o peso galo (até 61,2kg) surpreendeu ao dizer que concorda com a decisão da organização, revelou que já estava ciente que seria desligado e mostrou não ter pressa para decidir o seu futuro. Confira esse e outros trechos do bate-papo.

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“Eu já sabia. A gente já tinha conversado com o Sean Shelby (responsável pelo casamento das lutas no UFC) especificamente. Ele conversou comigo, explicou o lado dele e eu entendi total. Eles (UFC) são uma empresa e a empresa que ver resultado. Os meus últimos quatro resultados não foram positivos. Ele falou que iria me liberar, para eu fazer lutas fora do UFC, recuperar a minha confiança e voltar ao caminho das vitórias. Eu entendo, eles foram bem honestos e eu prefiro assim. Não tem esse negócio de ficar ‘enrolando’ é ‘preto no branco’. O UFC é uma empresa, eles visam lucro, visam resultados e eu não mostrei isso nas minhas últimas lutas”.

Pressa para decidir o futuro?

“Primeiro eu tenho que sair, rever, botar a cabeça no lugar, ver o que eu vou fazer agora, que ainda é uma incógnita para mim. Aí se eu desejar voltar ao UFC, é trabalhar duro para conseguir. Pode pintar outras oportunidades, mas, no momento eu penso só em treinar e decidir o que eu vou fazer sem pressa”.

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A demissão foi justa?

“Como eu disse, eu preciso de resultados e não mostrei esses resultados. O Sean Shelby virou para mim e falou: ‘Cara, a gente gosta muito de você, mas, a gente precisa que você consiga uma vitória. Vai lá, a gente libera, luta qualquer evento e depois você volta para cá’. Eu entendo o lado deles como empresa, não vou ficar chorando. Vou para cima, como eu sempre tratei as minhas coisas da vida’.

O que deu errado no UFC?

“Sinceramente, eu e minha equipe, a gente não fica pensando muito nisso (no que deu errado no UFC). Aconteceu o que era para ter acontecido. Vamos pensar no que vem pela frente, pensar no agora, no que tem que ser melhorado e ‘vamos para cima’. Nada de pensar no que poderia ter sido feito porque isso tudo já é passado. O que vem pela frente, é o que eu posso controlar”.

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Momento mais importante da sua passagem pelo Ultimate?

“O que eu vou contar para os meus filhos e meus netos, é do dia em que eu conheci o Mike Tyson. Depois de um (prêmio) de ‘Nocaute da Noite’. Foi a primeira vez que fui pra (Las)Vegas, lutei no UFC 189, tomei umas pancadas boa lá, tava acordado e consegui reverter a luta. A oportunidade de conhecer o Mike Tyson foi melhor do que ganhar a luta. Pude trocar umas palavras com ele, fiquei muito tímido na hora, não sabia o que falar com o cara, mas só de estar ali, apertar a mão dele, tirar uma foto, valeu a viagem toda”.

Importância do lado mental nas artes marciais?

“Sim, eu passo num psicólogo aqui em São Paulo, que faz um excelente trabalho. Eu por muito tempo deixei isso de lado, achava que isso era besteira, mas, realmente é uma coisa muito importante. A cabeça é que controla tudo, você pode estar super bem treinado, com vontade, sem lesão, mas se a cabeça não estiver em conjunto com o corpo todo, se não estiver trabalhando bem, joga tudo pro espaço, todas as suas horas de treino”.

Onde pretende lutar agora?

“Eu estava conversando sobre isso no treino com um amigo meu, eu tenho muita vontade de fazer uma luta de muay-thai. Eu já lutei muito e tenho saudades, eu acho que é uma coisa legal e que me colocaria no ritmo ‘sem compromisso. Quero lutar jiu-jítsu também, eu já estava lutando, mas agora, quero com mais frequência. Agora, falar um evento específico agora, eu não tenho para falar ainda”.

Planeja mudar de divisão?

“Não. Acho que o peso galo para mim é o ideal. Eu já pensei nisso, principalmente no meu retorno (contra Jhonatan Martinez, em outubro de 2020) passou muito pela minha cabeça ficar na categoria de cima (dos penas), porém, eu me sinto mais fraco, mais baixo em relação aos outros lutadores, então vou ter que continuar cortando peso, não vou ter como fugir disso”.

Sonha em voltar ao Ultimate?

“Cara, se eu falar para você que o UFC não é bom, eu vou estar mentindo. Eu sempre quis estar lá, sempre quis conquistar o cinturão do evento que , para mim, é o maior do mundo. Mas, hoje em dia, eu já passei por lá, então eu não tenho essa obrigação. Se eu estiver lá, ótimo, quero ganhar e conquistar o cinturão. Mas se no momento aparecer alguma coisa melhor pra mim, eu não descarto nada não”.

Continua treinando após a demissão?

“Estou sempre treinando, eu nunca paro. Gosto muito de treinar, me faz muito bem. Livre de lesões, claro, que sempre existe uma ou outra por causa do treino de contato que é muito intenso, mas, é coisa ‘besta'”.

Sobre a passagem de Thominhas no UFC

Contratado pela empresa em 2014, Thomas se despede com um cartel de cinco vitórias e cinco reveses na organização presidida por Dana White. Pesou contra o brasileiro, as quatro derrotas consecutivas sofridas no Ultimate. O combatente possui um cartel de 22 triunfos e cinco reveses

Publicado por
Gabriel Fareli
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