Um encontro entre gerações brasileiras marcará o card preliminar do UFC Las Vegas 38. Neste sábado, a promissora Karol Rosa enfrenta a antiga desafiante ao cinturão dos galos (até 61,2kg.), Bethe Pitbull, no duelo que deve selar a aposentadoria da veterana. Antes do desafio, a atleta falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre respeito pela adversária, a expectativa para a luta e revelou o sonho de desafiar uma ex-campeã.
Considerada um grande da Paraná Vale Tudo (PRVT), Rosa tem traçado uma trajetória de sucesso dentro do Ultimate. Até o momento, a lutadora está invicta na empresa, com três compromissos disputados.
Atual número 15 na categoria liderada por Amanda Nunes, Rosa surpreendeu ao aceitar um desafio contra uma atleta que não figura no ranking da categoria. Mesmo de olho no topo da divisão, a brasileira explicou por que aceitou encarar a antiga desafiante ao cinturão da categoria.
“Eu não sou de escolher luta. Com a Bethe, eu fiquei surpresa, mas imaginava que um dia a gente poderia lutar. Quando eu soube, eu fiquei feliz, porque eu respeito bastante ela. Já disputou cinturão, lutou contra as melhores. Para mim, é muito bom, para mostrar que eu melhorei e, para a minha carreira, pela visibilidade. Não pensei duas vezes”, afirmou a combatente.
Neste fim de semana, Karol será a responsável por integrar a luta que selará a despedida de Bethe do MMA. A combatente falou sobre a dupla sensação por ser a atleta que pode estragar a festa da veterana.
“É ruim e bom. Ganhar da Bethe vai ser muito bom para a minha carreira, mas é ruim para ela finalizar a carreira assim. É claro que estou indo para vencer. Está no meu momento. O dela já passou. Tenho certeza de que nossa luta vai pegar fogo, porque ela gosta de ir para frente e eu também. Essa última luta dela vai valer a pena, porque vai ser bem empolgante”, garantiu.
Sem querer dar chances ao azar, Rosa sabe que enfrentará uma oponente que, apesar de não viver seu melhor momento, é perigosa. A tupiniquim, assim, descreveu parte da estratégia que pode colocar em jogo para superar qualquer adversidade que possa aparecer na disputa.
“Eu não posso encurtar (a distância) contra ela. Ela tem a mão pesada, aguenta bastante porrada, tem um boxe bom. Não dá para chegar muito perto dela. O jogo que qualquer um faria é manter a distância, ficar ‘jabeando’, ou botar para baixo. O chão dela não é muito bom. Gosto de sentir a luta. Se eu perceber que estou indo bem em pé, vou continuar. Se tomar atraso, boto para baixo”, afirmou.
Caso supere Bethe no UFC Las Vegas 38, Rosa terá a oportunidade de desafiar uma adversária em posição de destaque na divisão. Empolgada com a possibilidade, a brasileira revelou um sonho de enfrentar uma referência no esporte: Miesha Tate.
“Tem uma pessoa, mas está com luta marcada, mas, quem sabe. Uma das minhas inspirações para lutar MMA foi a Miesha Tate. Já pensei: ‘quero ser igual essa mulher’. Eu fiquei muito fã dela. Entrei para o MMA, ela se aposentou e, quando eu soube que ela voltou, pensei: ‘preciso lutar com a Miesha Tate’. Ela foi uma inspiração para mim. Poder lutar com ela seria muito bom, não só para a minha carreira, mas para poder lembrar de quando eu era criança, que eu a via e queria ser ela. Eu posso ser melhor do que ela”, disse.
Embora tenha mostrado respeito por Bethe, Karol sabe que uma grande vitória sobre uma atleta renomada pode alavancá-la na categoria. Assim, a tupiniquim narrou como seria seu triunfo dos sonhos no espetáculo deste fim de semana.
“Quero o nocaute. Sempre deito a cabeça no travesseiro e penso: ‘quero muito ganhar o nocaute’. E, todo mundo quer um bônus, não é (risos)? Imagina se eu ganhar a luta com nocaute e um bônus?”, encerrou.
Aos 26 anos, Karol Rosa se encaminha para sua 18ª luta profissional no MMA. A atleta, hoje, soma 14 vitórias e quatro derrotas na carreira.
Desafiante ao cinturão dos galos em 2015, Bethe Pitbull encerrará a carreira neste fim de semana. Contra a compatriota, a combatente buscará seu 12º triunfo em 17 compromissos.