Em grande fase no Ultimate, Taila Santos está a poucas horas do seu próximo desafio. Promessa brasileira no peso mosca (até 56,7kg.), a atleta enfrenta a experiente Roxanne Modafferi no duelo que pode aproximá-la de uma disputa de cinturão. Antes da luta, a catarinense falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre o desafio deste sábado (25), pelo UFC 266.
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Embalada por duas vitórias consecutivas, Santos parece ter adaptado seu jogo ao nível de elite do Ultimate. A trajetória, porém, não tem sido fácil. Foi na empresa que a tupiniquim sofreu o primeiro tropeço como profissional no MM
Sentimento na primeira derrota
Representando a categoria até 56,7kg., Santos chegou ao UFC com um currículo invejável. A atleta nunca havia sentido o gosto da derrota em 15 compromissos como profissional no esporte. Em sua estreia, no entanto, Taila acabou superada por Mara Romero Borella na decisão dividida dos juízes. Após o primeiro tropeço, a catarinense desabafou sobre qual foi o sentimento com o primeiro revés.
“Na hora, eu fiquei muito triste, apesar de eu ter ‘travado’ (no confronto). Eu estava vindo de uma sequência top de vitórias e perdi justo na minha estreia no maior evento, onde todos querem estar. Claro que dá aquele baque, mas depois passou. Cabeça no lugar, voltar para o foco e já entrou tudo nos trilhos de novo”, contou a lutadora.
Adaptação ao Ultimate
Em fevereiro desta temporada, Taila completou dois anos como profissional do UFC. No ranking da categoria liderada por Valentina Shevchenko, a brasileira falou sobre o processo de adaptação à companhia.
“A cabeça mudou muito. Depois que eu tive a derrota, a gente tem que saber que precisa chegar focada no que quer, não deixar nada abalar. Quando eu entrei naquela luta (contra Borella), eu vi a multidão e não tinha experiência. Agora, nada disso me abala. Estou bem preparada e fiz o trabalho de casa”, afirmou.
Análise de Modafferi
Para seguir a trajetória rumo ao topo dos moscas, Taila precisará passar por uma adversária famosa por usar uma estratégia pragmática, mas de alta periculosidade. Santos, então, falou sobre o desafio de anular a veterana, que carrega consigo a experiência de mais de 40 apresentações no MMA.
“Tocou o gongo e ela (Roxanne) já vem para agarrar. Ela tem esse ‘jogo chato’, mas eu também gosto da luta de solo, agarrada. Na luta contra a Molly (McAnn), eu levei para a grade, fiquei no chão. Também gosto. Se está me favorecendo, eu aceito. Creio que ela (Modafferi) vai fazer esse jogo dela, que é de lei”, brincou.
Surpresa no octógono
Caso supere Modafferi e emplaque a terceira vitória consecutiva no Ultimate, Santos prometeu uma surpresa. Sem revelar o nome, a brasileira contou que tem um desafio que será feito na entrevista após um eventual triunfo.
“Tenho uns nomes aqui. Não posso revelar agora (risos), mas tenho. No sábado, o pessoal vai saber”, disse Taila.
Desfecho ideal
Conhecida pelo poder de nocaute, Santos sabe que tem condições de encerrar o confronto antes dos 15 minutos. A brasileira, porém, não aposta apenas na força dos punhos. Segundo a catarinense, o importante será o show aos fãs.
“Eu fecho os olhos aqui e só visualizo um nocaute, uma finalização top. Ou até mesmo um ‘lutão’. Um desses três, com o bônus, será muito ‘show”, encerrou.
Histórico das atletas
Aos 28 anos, Taila Santos se encaminha para sua 19ª luta como profissional no MMA. Hoje, a catarinense soma 17 triunfos e apenas um revés.
Veterana na modalidade, Roxanne Modafferi fará seu 44º embate na modalidade. A lutadora de 38 anos tem 25 vitórias e 18 tropeços na carreira.
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