Representante brasileiro nos médios (até 83,9kg.) do Ultimate, Antônio Arroyo está pronto para seu próximo compromisso na organização. Pressionado por sua primeira vitória na empresa, o atleta enfrenta o ‘Homem Nocaute’, de 2020, Joaquin Buckley, neste sábado (18), pelo UFC Las Vegas 37. Antes do compromisso, o atleta falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre a expectativa para o confronto.
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Considerado uma promessa tupiniquim na empresa, Arroyo está próximo de completar dois anos de UFC. No intuito de se afastar do risco de demissão, depois de dois tropeços em seus duelos iniciais, o atleta garante foco total ao analisar o duelo.
Tropeços iniciais
Com um cartel vitorioso, Antônio conseguiu seu contrato com o Ultimate após dar show pelo ‘Contender Series’, em 2019, quando finalizou Stephen Regman no segundo round. O atleta, porém, não conseguiu repetir as boas atuações quando atuou profissionalmente pela organização. Arroyo, então, descreveu os motivos por ainda não ter deslanchado no UFC.
“Nas minhas duas primeiras lutas eu treinei saindo de Belém (PA). Lá, eu tenho ótimos treinadores e uns bons parceiros de treino, mas o fator climático é uma coisa que me atrapalha e limita muito, porque estamos no ‘Coração da Amazônia’, com um clima muito atípico. Como encontrar um lugar em que o clima é úmido, quente, rico em oxigênio. Minha (primeira) luta foi em São Paulo, a outra em Las Vegas, que tem altitude, em senti o gás. Não tinha motivo (para a derrota), porque eu treinei muito para essas duas lutas. Tive preparador físico, fazia sessão três vezes na semana. Não vejo explicação para o meu gás ser consumido tão rápido. Agora, estou fazendo camp (período de treinamento) nos Estados Unidos de novo. É o mesmo lugar que eu treinei para o ‘Contender Series’, onde pude executar uma boa performance. Vai ser diferente. Não vai ser o Antônio Arroyo das duas primeiras lutas no UFC”, explicou o peso médio.
Risco de demissão
Mesmo confiante em uma grande atuação neste fim de semana, Arroyo entende que sobe no octógono pressionado por um resultado positivo. O atleta, então, falou sobre a motivação extra para o duelo e, consequentemente, afastar o risco de ser inserido na temida lista de dispensa.
“Existe a pressão, porque eu perdia as duas primeiras. Tenho que correr atrás. Se eu perder essa, fico com a corda no pescoço, quem sabe já sou até demitido. Para mim, é vencer ou vencer. Com certeza, não medi esforços neste camp para estar o mais preparado possível e realizar meu trabalho. Pressão a gente sente, mas, quando se sobe no octógono, esquece tudo”, afirmou.
Análise da luta
Para voltar a vencer, Arroyo precisará passar por um nome que ficou marcado na temporada 2020. Em outubro, Joaquin Buckley fez história ao conquistar um dos mais belos nocautes na história recente da organização. Com estilos semelhantes, Antônio não esconde a empolgação para o duelo.
“Acredito que vai ser uma luta boa de assistir, animada. A gente vai colidir de frente e tenho uma vantagem no solo, na parte do jiu-jitsu. Apesar do Buckley ter conseguido aquele nocaute com um chute, ele usa mais o braço. Se eu conseguir levar a luta para o chão, posso ter uma boa vantagem”, disse.
Fãs, fiquem de olho
Focado em superar as adversidades encontradas no UFC, Arroyo chama a torcida para seu compromisso de sábado. Como ingrediente especial, o brasileiro garante show para os espectadores.
“Eu acredito que a luta será animada. São dois caras que gostam da trocação. Todas as vezes que eu fiz luta com caras que gostam da trocação, acabei saindo na vantagem, porque é a parte que gosto mais. Nessa luta, com ele sendo desse estilo, vai ser animado. Podem esperar uma finalização ou nocaute”, encerrou.
Histórico dos atletas
Profissional no MMA desde 2014, Antônio se encaminha para o 14º compromisso no esporte. Hoje, o brasileiro de 32 anos soma nove triunfos e quatro reveses na modalidade.
Também no esporte desde 2014, Buckley fará seu 17º embate. Vindo de derrota, o norte-americano tem 12 resultados positivos e quatro negativos na carreira.
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