Medalhista de ouro na luta olímpica nos Jogos de Tóquio aos 21 anos, o peso pesado Gable Steveson se tornou um dos nomes mais comentados no mundo dos esportes de combate nas últimas semanas. Desejado por múltiplas organizações de diferentes modalidades, o norte-americano já deu sinais que pode migrar para o MMA.
Também campeão olímpico com trajetória semelhante à de Steveson, o ex-campeão peso galo (até 61,2 kg) e peso mosca (até 56,7 kg) do UFC, Henry Cejudo entende melhor do que a maioria a situação em que o peso pesado se encontra. Em declaração ao site norte-americano TMZ, Cejudo revelou que está aconselhando Steveson.
“Eu falei com o Gable ontem. Estou dando umas dicas para ele. Eu disse que ele tem o empresário, tem o agente, mas que ele tem que aproveitar enquanto o nome está quente. Ele tem que pressionar, tem que trabalhar e, seja lá o que ele decidir, tem que focar nisso e ter uma estratégia traçada. Ele não pode se aventurar em todas as áreas ao mesmo tempo. Foque em uma, depois vá para as outras. Acho que ele deveria fazer dois anos aqui, dois anos lá e depois decidir, porque ele tem apenas 20 anos e tem habilidade para fazer tudo”, explicou Cejudo.
Assim como Gable Steveson, Henry Cejudo também foi campeão olímpico aos 21 anos de idade, nos Jogos de Beijing, em 2008. Depois da conquista, Cejudo também teve diversas opções para o futuro, mas acabou migrando para o MMA, onde se tornou detentor do cinturão de duas categorias do UFC. O ex-campeão acredita que Steveson tem potencial para ter o mesmo sucesso nas artes marciais mistas.
“O UFC não pode pagar o que ele vale. Me desculpa, eles podem, mas não vão pagar o que ele merece. Eu acredito que nos próximos dois anos ele pode derrotar um cara como Jon Jones ou até mesmo Francis Ngannou. Ele é a maior ameaça por conta de sua base no wrestling que é extremamente assustadora. Ele é um peso pesado de verdade”, apostou Cejudo.
Para Cejudo, no entanto, o tempo de treinamento é fator determinante para o sucesso de Steveson no MMA.
“Se você colocá-lo lá agora, Jon Jones e Ngannou machucariam ele. Eu já estive lá. Na primeira vez que enfrentei Demetrious Johnson eu já tinha um certo nível de trocação e fui nocauteado com pouco mais de dois minutos. Então você tem que respeitar o jogo”, alertou o ex-campeão.