Às vésperas da luta mais importante de sua carreira, Bruno Cappelozza está na reta final de sua preparação para o combate contra Jamelle Jones, que ocorre nesta quinta-feira (19), nas semifinais do torneio dos pesados (até 120,2kg.) da PFL.
Em entrevista exclusiva ao canal do SUPER LUTAS no YouTube, o brasileiro destacou o que mudou em sua carreira até o instante e contou como planeja vencer o norte-americano para chegar vivo na última etapa do aguardado prêmio de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,2 milhões).
“Para mim, está sendo um filme. Parece que estou sonhando, porque quem está há três anos parado, volta e consegue duas performances tão boas assim? Só tenho que agradecer a Deus, minha família que apoiou e a todo mundo que mandou energia boa (…) Ele é um cara muito duro e tem a mão pesada. É do grappling e é bem perigoso. Então, tenho que tomar cuidado com esse jogo dele, estar esperto com a mão de trás dele ali e tentar evitar o chão. (Quero) buscar minha luta em pé e impor meu ritmo. (…) Eu vejo começando um round bem perigoso e tenho certeza que ele vai querer ‘colar’ rápido para evitar meu jogo em pé, mas não vou deixar. Vou fintar bastante, me movimentar, botar minha mão e, se Deus quiser, nocautear”, disse Cappelozza.
Apesar de ter passado em primeiro lugar na primeira fase da divisão – com dois nocautes no primeiro round – e ser favorito ao prêmio milionário, Bruno diz que não pensa no dinheiro. Ele, inclusive, afirma que foca apenas em seus combates e gosta de entrar no cage pressionado por uma vitória.
“Eu sou um cara que gosto de lutar com pressão, com cara bom. Lutar contra um cara bom me deixa menos pressionado. Então, acho que é isso que faz a diferença. (…) Eu não penso no dinheiro. Penso em uma luta após a outra. Se a gente for pensar neste US$ 1 milhão, imagina o peso na consciência que vai ficar, né? Não fico pensando muito no dinheiro, senão vem uma carga bem pesada e meu foco é sempre na luta”, completou o brasileiro.
Ex-campeão do Jungle Fight, o lutador paulista ficou três anos em inatividade por dificuldades para encontrar eventos em que pudesse se apresentar. E, com isso, também teve que trabalhar por fora do MMA. Mas agora, ele enxerga a oportunidade de ganhar o Grand Prix da PFL como a grande oportunidade de mudar sua vida.
“Pela minha cabeça, nada. Estou bem, feliz. Mas espero que mude meu bolso (risos). Que eu chegue no Brasil com esse US$ 1 milhão, que vai mudar minha vida, (a da) minha família. Fiquei três anos parado, a gente trabalha de manhã para pôr o pão e a comida em casa. E chegar com esse valor, se colocarmos na ponta do lápis, vai mudar minha vida”, destacou o atleta.
A PFL conta com um sistema de pontuação e playoffs que premia com US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,2 milhões) ao vencedor de seus torneios. Porém, apesar da boa quantia, a organização também se mostra em uma posição diferente no tratamento com seus atletas. Desta forma, Bruno Cappelozza também faz questão de elogiar e revela que está feliz na franquia.
“Eu já fui em todos os eventos que você pode imaginar, (como) UFC e Bellator. Eu não vejo o tratamento que a galera tem aqui e eu não vejo isso em nenhum outro evento. Até o UFC não tem esse tratamento que nós temos aqui na PFL. Não só pelo fator de tratar a galera, mas pelo dinheiro também. A bolsa aqui é muito boa e o trabalho é reconhecido. Estou muito feliz de estar nesta organização”, finalizou Bruno.
Aos 32 anos, Bruno Cappelozza vive seu auge na carreira. Com dois nocautes no primeiro round, contra Ante Delija e Muhammed DeReese, o paulista passou como número 1 no ranking dos pesados (até 120,2kg.). Em sua carreira, são 12 triunfos e cinco reveses.