Um dos lutadores mais críticos à maneira como Dana White e o UFC lidam com os atletas da organização, Luke Rockhold foi a público diversas vezes nos últimos anos para pedir pagamentos mais justos e autonomia aos lutadores.
O ex-campeão, que chegou a chamar o presidente do UFC de “tirano” e acusá-lo de “táticas mafiosas” nas negociações, abriu o jogo mais uma vez e usou a criação do título interino dos pesos pesados (até 120,2 kg) como exemplo.
“Caras como Francis Ngannou estão sendo deixados de lado por questionarem o quanto valem. Estão criando títulos interinos, o que é sacanagem. Quero dizer, é esse tipo de m**** que temos que lidar. Vou falar exatamente o que eu quero, o que eu sinto. Goste ou não, estou aqui e vou me dar ao respeito publicamente. Não vou me desrespeitar, como muitas pessoas fazem. Isso é comum na narrativa que Dana White criou, de calar os lutadores e criticar os campeões. A narrativa que eles criaram é feita para os fãs odiarem os lutadores e isso é uma m****. Você tem que ir lá, se dar ao respeito e ser pago por isso. Nós somos os lutadores. Nós somos o entretenimento. Nós merecemos o que valemos”, desabafou Rockhold em entrevista ao MMAJunkie Radio.
Com guerra declarada contra o “alto clero” do Ultimate, Rockhold sabe que seus dias na organização podem estar chegando ao fim. O ex-campeão dos médios (até 83,9 kg), no entanto, não acredita que isso seja o fim do mundo e crê em vida fora do UFC.
“Eu não fecho as portas para nada. O pagamento é bom em outros lugares. O UFC não é mais a melhor opção sempre. Existem alguns caras no topo, mas você ainda vai ter que entrar em uma grande batalha com a organização, e não é um campo de batalha justo”, finalizou Rockhold.
Ainda em contrato com o Ultimate, Luke Rockhold tem encontro marcado contra Sean Strickland no UFC 268, no dia 6 de novembro. Será a primeira luta do ex-campeão desde a derrota para Jan Blachowicz no UFC 239, em julho de 2019.