O céu é o limite para Vicente Luque. Depois de finalizar Michael Chiesa e chegar em sua terceira vitória seguida dos meio-médios (até 77kg.) no UFC 265 do último sábado (7), o brasileiro desafiou Kamaru Usman por um combate pelo título da divisão.
E, em entrevista exclusiva ao canal do SUPER LUTAS no YouTube, Luque não deixou de responder as perguntas sobre seu possível próximo desafio e indicou o caminho para derrotar Usman. Ele, agora, espera pelo combate entre o nigeriano e Colby Covington, que acontece no UFC 268, que está previsto para acontecer no dia 6 de novembro.
“Eu acho que um ponto que poucas pessoas tentaram explorar e, quem explorou um pouco, foi o Colby (Covington). Algo que deu para sentir e tirar proveito é jogar em um ritmo intenso. É estratégia dele, ele gosta de entrar em um ritmo forte para abafar os caras. O Colby foi o único que conseguiu bater de frente com ele neste quesito, mas acho que Colby não tinha poder de nocaute para abalar o Kamaru. Ele tem um queixo muito duro, mas Durinho mostrou que dá para quebrar esse queixo e é uma mistura disso”, disse Vicente.
Com o triunfo sobre Michael Chiesa, o brasileiro subiu duas posições no ranking da categoria e, agora, está em quarto lugar. Ele, inclusive, é o único entre os primeiros colocados que ainda não encarou Usman e, em um exercício de imaginação, contou onde pode explorá-lo em um possível confronto pelo título.
“Eu tenho a mão forte e dura. Então, consigo bater nele para ele sentir. Mas acho que tenho que colocar um volume bem parecido com o que o Colby fez. O segredo é estar no gás e ir para a luta preparado para uma ‘guerra’. Não acho que é uma luta fácil e não acredito que eu venceria nos primeiros três rounds. Acredito que seria lá para o quarto ou quinto e, mais para o final, arriscar uma finalização ou um nocaute se houver uma oportunidade”, completou o brasiliense.
A relação com Kamaru Usman não é novidade para Vicente Luque, já que os dois costumavam treinar juntos na Sanford MMA. Questionado sobre seu vínculo com o nigeriano, o atleta tupiniquim destacou que chegou a treinar junto ao campeão, mas não teria problema de enfrentá-lo.
“Até um certo ponto, podemos dizer que somos amigos. Eu sempre respeitei e admirei muito o trabalho dele e já aprendi muito com ele. A gente sempre treinou bastante na mesma equipe e era um dos caras que eu mais treinava exatamente pela qualidade de Wrestling que ele tem, que era um ponto que eu precisava melhorar. Então, a gente tem uma relação muito boa, tem uma amizade, mas nada que impeça de competir um contra o outro. (…) Vou estar preparado. Quando ele quiser marcar a luta, eu vou estar pronto e acredito muito que vai ser um grande show. Eu acho que todo mundo vai estar interessado nesta luta. Então, para todas as partes (Kamaru, Luque e UFC), faz todo sentido”, completou o atleta.
Embora esteja fora da disputa de título, Luque não descartou acompanhar de perto o duelo entre Usman e Covington. O brasileiro admitiu a possibilidade de ser um reserva para a revanche e entrar no combate, caso aconteça algum imprevisto com um dos dois. No entanto, ele ressalta que ainda não há qualquer negociação com o UFC para que isso aconteça.
“É uma possibilidade. Não falei com o UFC diretamente, mas eu pretendo ficar pronto, treinado e em um ritmo bom. Não sei se eu viajaria para lá e bateria o peso, mas pelo menos ficar preparado no caso de um dos dois sair e eu poder substituir. Vou tentar me manter em um ritmo de treino bom”, finalizou.
A vitória sobre Chiesa ampliou a série invicta do brasileiro. Agora, Vicente soma quatro resultados positivos em sequência. Seu último revés aconteceu em novembro de 2019, quando foi superado por Stephen Thompson. Em sua carreira, são 21 triunfos, sete reveses e um empate.