Frustrada após ter sua luta cancelada no UFC 265, Julianna Peña segue na cola de Amanda Nunes. Desafiante ao cinturão dos galos (até 61,2kg.), a combatente questionou a motivação da brasileira para defender o trono e sugeriu a criação de um cinturão interino no grupo. Em conversa com a imprensa, nos bastidores do evento do último sábado (7), a venezuelana falou sobre o assunto.
“Escutei de uma companheira de equipe que ela sequer tem treinado. Mesmo agora, que ela está saudável, e ela está, ela mal vai à academia. É frustrante para mim, porque eu coloquei essa luta como prioridade”, disse Peña.
Lenda do MMA feminino, Nunes deixou o espetáculo depois de testar positivo para Covid-19. Mesmo com a campeã já recuperada, Peña acredita que a enfermidade não foi o único motivo que forçou a brasileira a deixar o UFC 265.
“Eu também tenho o papel de mãe. Quero dizer que entendo a posição dela. Ela é uma nova mãe, quer aproveitar o tempo com seu bebê. Ela tem pouca motivação para se preparar, quando quer passar um tempo com sua recém-nascida. Eu entendo. Já estive nessa posição. Mas, se não vai lutar em dezembro, serão dois anos desde que ela defendeu o título dos galos. Temos que manter o trem andando. Vamos encontrar uma garota e lutar pelo cinturão interino. Quando ela estiver pronta para voltar, ela pode vir tirá-lo (o cinturão) dos meus dedos”, encerrou.
Fora de combate no último fim de semana, Amanda confirmou ter sido diagnosticada com Covid-19 nas últimas semanas. A brasileira, no entanto, garantiu que uma nova data para a luta será confirmada em breve. O confronto, porém, ainda não foi oficializado pelo Ultimate.
Líder absoluta da categoria desde 2016, Nunes soma cinco defesas de título no grupo. A atuação da baiana na divisão foi em dezembro de 2019, quando bateu Germaine de Randamie na decisão unânime dos juízes.