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Treinador de Dillashaw abre jogo sobre doping, superação, título e promete show do pupilo no sábado

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A espera acabou. De volta após cumprir dois anos de suspensão por doping, TJ Dillashaw retorna ao octógono neste sábado (24), diante de Cory Sandhagen, no UFC Las Vegas 32. Empolgado com a nova luta do ex-campeão dos galos (até 61,2kg.), um dos técnicos do norte-americano, Philipe Furão, falou com exclusividade ao canal no YouTube do  SUPER LUTAS sobre a expectativa para o confronto. O treinador também abriu o jogo sobre doping e o momento conturbado vivido pelo ícone do Ultimate.

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O retorno de Dillashaw se dá após mais de dois anos e meio depois de sua última apresentação. Antes de ser flagrado no doping, o atleta desceu para os moscas (até 56,7kg.), mas acabou superado por Henry Cejudo na tentativa de somar seu segundo título.

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Caso de doping

Meses após a dura derrota para Cejudo, em 2019, a USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos) comunicou a punição máxima ao ex-campeão por uso da substância proibida EPO (eritropoietina). Sabendo da situação envolvendo TJ, Furão comentou sobre como foi a reação do atleta junto à academia ao saber que estaria suspenso por dois anos.

“Quando saiu a notícia, a gente tomou aquele baque. Mandei mensagem e, a primeira coisa, ele pediu desculpa por, de alguma forma, ter envolvido todo mundo. O camp (período de treinamento) de um lutador sempre reflete nos treinadores. (…) Ele cometeu um erro. Aquele camp que aconteceu o doping foi o que ele iria lutar contra o (Henry) Cejudo. Foi desgastante para ele na questão de ter que baixar o peso e treinar. Infelizmente, ele optou por fazer algumas coisas que não deram certo. Ficou esses dois anos parado em função disso. (…) Ele cometeu o erro, assumiu e demos o suporte para ele, para continuar treinando. Ele aprendeu com essa lição”, afirmou Furão.

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Baque no lutador

Embora trate do assunto com transparência, Dillashaw sofreu com a condenação, como conta Philipe. Segundo o técnico, o norte-americano passou por momentos complicados e citou perdas que influenciaram na vida tanto profissional, quanto pessoal.

“Eu senti que, quando aconteceu isso tudo, ele teve um baque. Um atleta igual a ele, você perde financeiramente. (…) Com o tempo que ele ficou parado, ele acabou perdendo muitos patrocínios, salários. O ‘ganha pão’ diminuiu. Então, isso tudo afetou um pouco. (…) Olhando de fora, acho que ele se saiu bem. Ele não tentou contornar, nem nada. Chamou a responsabilidade para ele, pagou o preço e, agora, página virada”, disse.

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Desafios para o retorno

Um dos maiores nomes na história recente dos galos, Dillashaw retorna neste fim de semana para recuperar o cinturão, retirado após a condenação. Presente na preparação do norte-americano, Furão falou sobre os desafios que o pupilo enfrentará para voltar à ativa após tanto tempo afastado das lutas profissionais.

“Ele é um cara muito experiente. Não ficou parado 100%, se manteve ativo nos treinos. Com certeza, quando se trata de um esporte alto nível, como o UFC, a constância é uma vantagem. Um cara que dá uma parada, nunca se sabe como ele vai voltar, se vai sentir alguma coisa no início”, disse.

Luta contra Sandhagen

Neste sábado, TJ terá um teste de fogo logo em seu desafio de retorno. O ex-campeão trocará forças contra, nada mais, nada menos, do que o atual número dois no ranking. Assim, Philipe analisou o confronto entre o aluno contra Sandhagen.

“Eles treinavam juntos no Colorado (EUA), durante muitos anos. Hoje em dia, não são mais amigos. (…) São dois tops da categoria. É um oponente muito duro, que já provou que tem uma estabilidade muito grande na divisão. Ganhou do Frankie Edgar, do Marlon Moraes. Tem tido boas performances, mas acho que o TJ é mais completo. Independentemente de onde luta for, o TJ vai ter uma vantagem, especialmente no chão. (…) Ele é muito bom de jiu-jitsu. (…) A gente quer que ele ganhe, mas, eu sendo o treinador de jiu-jitsu, posso dizer que ele está bem preparado para, se cair no chão, tem grandes chances de finalizar com um estrangulamento”, descreveu.

Disputa de cinturão

Campeão da categoria entre 2017 e 2019, Dillashaw pode se colocar em grande condição para tentar buscar seu antigo título, se vencer no fim de semana. O plano vai de encontro ao pensamento de Furão, que vê com bons olhos uma chance do pupilo chegar ao topo dos galos.

“Se ele ganhar essa luta no sábado, com certeza ele vai lutar pelo cinturão. Nos bastidores, isso já está sendo falado. (…) O que aconteceu na luta (entre Petr Yan e Aljamain Sterling, que acabou em desqualificação do russo), se isso não tivesse acontecido, TJ já iria lutar pelo cinturão. Como terá a revanche, ele não quis esperar. Quem ganhar (no UFC Las Vegas 32), vai disputar o cinturão”, encerrou.

Histórico dos atletas

Aos 35 anos, Dillashaw se encaminha para sua 21ª apresentação como profissional no MMA. O norte-americano, hoje, soma 16 triunfos e quatro reveses.

No seu 17º compromisso pelo esporte, Sandhagen tentará ampliar a boa fase e encostar de vez na sonhada disputa de título. Atualmente, o norte-americano de 29 anos tem 14 vitórias e dois resultados negativos na carreira.

Publicado por
VH Gonzaga