Na arena para conhecer o primeiro desafiante ao seu título dos leves (até 70,3kg.), Charles do Bronx viu de perto a dura lesão sofrida por Conor McGregor diante de Dustin Poirier, em confronto no UFC 264, que ocorreu em Las Vegas (EUA). Com exclusividade ao canal do SUPER LUTAS no YouTube, o brasileiro lamentou a ‘dolorida’ fratura do irlandês, além de destacar que ele merece ser ainda mais valorizado por seus feitos no MMA.
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“É chato de falar sobre essa luta. Eu, Charles, vejo todos os lutadores como trabalhadores que nasceram para fazer isso. Então, eu trato bem todo mundo, quando acaba a luta eu abraço, beijo, agradeço pelo carinho e oportunidade. Eu assisto o (card) do UFC do começo ao fim. E, do jeito que o Conor perdeu, foi doloroso. Se ele fosse nocauteado ou nocauteasse Dustin, seria show de bola. Mas a forma, do jeito que foi, foi doloroso”, afirmou Do Bronx.
Charles revela que discorda das posições e da forma com que Conor promove suas lutas, mas entende que as pessoas deveriam valorizá-lo ainda mais como atleta e por sua capacidade de vender cada combate que faz.
“O Conor merece ser aplaudido de pé. Eu não gosto do jeito que ele vende a luta, da forma como ele fala. Mas, como atleta, é um cara gigante. O cara move milhões de pessoas e ganha milhões de dólares – para perder ou ganhar. É um cara que bota dinheiro no bolso de muita gente. Todo mundo quer lutar contra ele, porque sabe que vai ganhar dinheiro. Infelizmente, perdeu da forma que foi e vai ficar parado. Ele falou em seis semanas para voltar (às atividades). Eu tenho certeza que, quando ele voltar, vai lutar contra Dustin Poirier de novo. Ele tem meu respeito”, disse o campeão.
‘Não estava decidido’
E não para por aí. O brasileiro, que deve defender pela primeira vez seu título contra Dustin Poirier ainda neste ano, discorda que a luta já estava decidida antes mesmo da lesão. Apesar de destacar a superioridade do ‘Diamante’ no primeiro round, ele acredita que a certeza de um resultado só acontece após a decisão oficial.
“Eu escutei muita gente falando que ele merecia perder, pelo jeito que ele vende a luta, só que eu não concordo. Eu fico chateado com isso. As pessoas amam do jeito que o cara vende, mas quando perde, é criticado. O Dustin – mais uma vez – veio forte, para cima e fazendo acontecer. Fez um primeiro round bom, teve um ground and pound duro para cima do Conor, mas estamos falando sobre MMA. A gente nunca pode falar que o Dustin venceria no segundo round, não estava nada decidido. É imprevisível. Mas o Dustin está de parabéns. Mostra o quanto está evoluindo, está com a mente boa e merece todo respeito do mundo pela pessoa que é”, finalizou.
Aos 31 anos, Do Bronx se profissionalizou no MMA em 2008. Até o momento, o brasileiro ostenta um cartel com 40 apresentações. Hoje, o paulista soma 31 vitórias, oito derrotas e uma luta ‘sem resultado’. Em entrevista coletiva pós-UFC 264, o presidente do Ultimate, Dana White, confirmou que a primeira defesa de Charles vai acontecer contra Dustin Poirier.
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