A recuperação de Wellington Turman até se ver apto ao UFC Las Vegas 29 não foi nada fácil. O brasileiro, que enfrenta o compatriota Bruno Blindado neste sábado (19), relata as sensações após contrair coronavírus e afirma estar pronto para dar show no octógono do Ultimate.
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Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, Turman diz que demorou para voltar a treinar normalmente após contrair COVID-19 e ter complicações com uma pneumonia, que o afetou nos treinamentos e travou sua evolução.
“Eu acabei sofrendo com a COVID-19. Geralmente os atletas pegam, mas não sentem nada. Mas eu senti muita dor no corpo, cansaço, dor no pulmão. Mas, graças a Deus, eu tenho uma saúde boa. Eu fiz a quarentena certinho e estava com luta marcada, mas não aguentava. Mas, mesmo com dor, eu já voltei a treinar mesmo sem estar bem. Sempre tive um gás muito bom, mas depois da COVID eu fazia três rounds e sentia muita dor no peito. É uma doença nova e a gente não sabe o que está acontecendo”, relatou Turman.
O caso mais preocupante de um lutador aconteceu também pelo Ultimate. Promessa dos meio-médios (até 77kg.), Khamzat Chimaev anunciou a aposentadoria após sofrer com as consequências da doença. Agora, Turman revela que ‘entende’ as sensações passadas pelo sueco.
“É muito ruim você estar treinando e não render, ainda mais sem saber o porquê. Eu estava fazendo dieta, treino físico e técnico, mas não conseguia render. Nunca tinha acontecido comigo. A cabeça fica meio doida. É o que eu gosto de fazer, então fica muito preocupante. Mas, no final, deu tudo certo e estou recuperado”, afirmou o brasileiro.
CONFRONTO DE ESTILOS
O combate diante do estreante Bruno Blindado é marcado pela diferença de estilos entre os lutadores. Wellington Turman tem sua base no jiu-jitsu, enquanto Blindado aposta trocação. O curitibano, no entanto, indica que treinou todas as áreas e promete um ‘show’ aos fãs brasileiros.
“Ele é um cara nocauteador e vem para a trocação. Mas estou preparado para tudo. Preparado para trocar ou fazer jiu-jitsu. Vamos fazer uma grande luta, pois eu quero fazer uma grande luta para o público. A preparação está ótima, só tivemos uma complicação para entrar nos Estados Unidos, mas estou me sentindo bem. Quero pedir pro público assistir a gente. A galera não curte luta entre brasileiros, mas subiremos para dar um grande show e mostrar que o Brasil é um dos grandes nomes do MMA”
EVOLUÇÃO NO MMA
Apontado como uma das grandes promessas brasileiras nos médios (até 83,9kg.), Turman citou as principais diferenças desde que estreou no Ultimate, há cerca de dois anos. Segundo o curitibano, ele fez pequenos ajustes em seu estilo de vida para conseguir evoluir como atleta. Atualmente, Wellington tem duas derrotas e uma vitória na organização.
“Eu amadureci muito como pessoa e como atleta. Agora, eu vivo uma vida de atleta. Hoje em dia, eu vivo realmente o esporte. Melhorei muito tecnicamente e hoje em dia sou um atleta muito melhor do que antes. Eu era uma criança, com 22 anos. Eu nunca fui de balada e gosto da vida de atleta. Então, tinham coisas que davam para melhorar e são essas coisas que fazem um campeão”, completou.
HISTÓRICO DOS ATLETAS
Aos 24 anos, Wellington Turman deseja voltar ao caminho das vitórias após ser nocauteado por Andrew Sanchez, no UFC Las Vegas 6. Atualmente, o curitibano tem um cartel de 16 triunfos e quatro reveses na carreira.
Já Bruno Blindado, de 31, é um ex-campeão do M1 e estreia na organização após suspensão da USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), que o tirou de combate por dois anos. Agora, ele conta com um retrospecto de 19 resultados positivos e seis negativos no MMA profissional.
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