Um dos representantes brasileiros no UFC 263, Carlos Boi está pronto para sua quarta luta com as luvas do Ultimate. Adversário de Jake Collier neste sábado (12), o peso pesado (até 120,2kg.) abriu o jogo sobre seu estilo provocador e analisou o desafio deste fim de semana. Sincero, o baiano comentou, em entrevista exclusiva ao canal no YouTube do SUPER LUTAS. sobre sua relação com os fãs e revelou nomes para possíveis oponentes na sequência da carreira.
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Conhecido por seu estilo agressivo, Boi tem se destacado por lutas marcadas pela trocação franca. O atleta vem de vitória em uma verdadeira batalha contra Justin Tafa.
Estilo provocador
No Ultimate desde 2020, Carlos tem se destacado não só pela sua forma de atuar no octógono. O combatente também vem chamando a atenção por sua forma de promover seus embates, provocando os rivais e protagonizando encaradas tensas. O brasileiro, então, explicou sobre a maneira com que conduz seus compromissos.
“Eu sou uma pessoa que fala o que pensa, independente se vou agradar a maioria ou não. Eu me considero um cara autêntico”, afirmou o baiano.
Relação com haters
Representante dos pesados do UFC, Boi, no entanto, entende que sua forma provocadora pode ter efeito positivo e negativo, quando se trata dos fãs. Assim, o lutador não nega que, ao mesmo tempo que soma admiradores, também coleciona desafetos. O combatente, então, falou da relação com os que desaprovam seu estilo de promover os duelos.
“Eu realmente não ligo. Eu leio e é como se estivessem falando com outra pessoa. Se a pessoa é figura pública, está sujeita a isso. Se for parar para absorver isso, ela deixa de viver, de fazer seu trabalho e acaba influenciando até em sua vida pessoal. (…) Eu gosto de provocar, dou risada para os adversários no meio da luta. Eu faço polêmica mesmo. Não é nada forçado”, admitiu.
Luta com público no UFC 263
Disposto a sempre dar show em suas apresentações, Carlos terá um ingrediente especial em seu compromisso no final de semana: uma arena cheia. Para o atleta, que se favorece com a reação da torcida a cada movimento de agressividade, o retorno da plateia é um ingrediente a mais para uma luta empolgante.
“Eu gosto de chamar a galera e, pode ter certeza, que a galera vai gostar. Eu vou preparado para fazer uma ‘guerra’ com meu adversário. É disso que o povo gosta, não é? Já estou esperando que a galera vai fazer bastante ‘zoada’ e, se depender de mim, vou chamar a torcida mesmo. Podem vaiar, como ele é americano. Se a galera vaiar, vou mandar vaiar mais alto. Estou aí para isso”, disparou.
Análise do adversário
No sábado, Boi terá pela frente um adversário que também é conhecido por sua trocação. O brasileiro, então, analisou o ‘casamento’ de estilos, apontando vantagens no confronto.
“Eu sou mais rápido do que ele (Jake), tenho mais ritmo de luta. A gente viu e reviu as lutas dele desde a categoria 84kg. (médios). A gente acredita que o jogo dele casa muito, porque, como ele é um cara que gosta da trocação, eu me sinto mais à vontade para soltar meu jogo. Porém, ele não solta muito o ritmo na luta. Ele fica na trocação, não tem punching, muito volume. Para mim, é perfeito. Muitos pesos pesados não aguentam o meu ritmo. Muita gente diz que eu chego cansado no terceiro round. Pode até ser, mas, se for olhar meu adversário, ele está muito pior”, disse.
Desfecho ideal
Visando mais um resultado positivo no Ultimate, Carlos não quer saber de uma vitória por pontos. No que depender do baiano, a ‘queda’ de Collier tem forma e round certo para acontecer.
“No primeiro round, não vou começar com meu ritmo todo, até porque gosto de sentir meu adversário. No segundo, quando eu começar a colocar mais volume e ele vai ceder, até porque, nas lutas dele, ele já mostrou que vai se entregando conforme as mãos vão entrando. Então, vejo um nocaute ou nocaute técnico no segundo round”, apostou.
Próximo compromisso
Caso vença mais um duelo na organização, Boi confirmará a boa fase e dará seguimento à sua trajetória rumo ao top 15 dos pesados. Para chegar ao objetivo, o brasileiro sugeriu nomes que considera importantes para a realização na divisão liderada por Francis Ngannou.
“Tem o (Tai) Tuivasa, que nós já troamos umas ‘alfinetadas’, (…) Greg Hardy, que eu não vou com a cara e eu ficaria muito feliz em bater, e o Andrei Arlovksi. Acho que seria uma luta boa. São esses três nomes”, finalizou.
Histórico dos atletas
Com 26 anos, Carlos se encaminha para sua 12ª luta como profissional no MMA. Hoje, o combatente soma 10 triunfos e apenas um resultado negativo.
Chegando ao 18º compromisso nas artes marciais mistas, Jake Collier tenta sua segunda vitória consecutiva no UFC. O combatente, hoje, tem 12 triunfos e cinco reveses em seu cartel no esporte.
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