Vivendo um dos melhores momentos de sua carreira, Bruno Bulldoguinho é só alegria. Com duas vitórias, valorizadas ainda mais com bônus de performance consecutivos, o atleta está perto de um lugar no top 15 dos moscas (até 56,7kg.) do Ultimate. No entanto, para chegar até o patamar atual, o brasileiro passou por um período de instabilidade na empresa. Em entrevista exclusiva ao canal no YouTube do SUPER LUTAS, o paulista desabafou sobre os tropeços e mirou um adversário de peso para seu próximo desafio.
Superando as adversidades desde sua estreia no Ultimate, Bruno não esconde a empolgação com a boa fase. Bem-humorado, o atleta, agora, sonha alto na organização.
Após três lutas consecutivas sem vitórias no UFC, Bulldoguinho se encontrou na companhia em grande estilo. Com dois nocautes devastadores nos seus últimos compromissos, o brasileiro falou sobre como enxerga seu momento atual.
“Essa é a meta, é o sonho. Nocautear cada um que vier, trazer aquele bônus para casa e mudar a vida, realmente. Está acontecendo melhor do que eu imaginava. Sempre acreditar no sonho, essa é a mensagem”, afirmou o paulista.
Depois de um início complicado na organização, Bruno não esconde que temeu ser desligado da organização após uma sequência sem vitórias. Sincero, o lutador admite que pensou em se aposentar, caso não conseguisse ter sucesso dentro do UFC.
“Tenho que ser realista, pensar nos fatos. Tenho quatro lutas no UFC, três não foram da maneira que eu queria. Tenho mais uma chance. (…) Para você ficar (no Ultimate), tem que ganhar, mostrar um bom trabalho. (…) Eu tinha feito um bom trabalho, mas, para mim, não tinha convencido tanto. (…) Se eu não ganhar a última luta, tenho que ser realista comigo. Talvez nem compense ficar lutando. Vou voltar para os eventos pequenos e lutar por nada? Prefiro dar aula, fazer outra coisa. Eu já estava pensando nisso: ‘talvez essa seja minha última luta’. Estava pensando meio que me aposentar. (…) Sou um cara novo, a carreira no MMA é curta. (…) Esse jogo não perdoa. Você não vai lá e vai só perder. Você pode se machucar feio. Em uma luta, você pode não ser mais o mesmo pela vida inteira. Tem o tempo certo. Depois dos 35, quero pendurar as luvas”, revelou o brasileiro.
Depois de três tropeços na organização, é evidente a evolução de Bruno no octógono. O atleta, então, contou o que mudou em sua preparação para superar os obstáculos diante de adversários de alto nível.
“Todo esse tempo, eu fui ganhando mais experiência. Treinando na Team Nogueira, com o (Henry) Cejudo, com os ‘Pitbull Brothers’, tendo mais lutas no UFC, me sentindo mais em casa. Todos esses detalhes foram se juntando, com minha confiança. (…) Várias coisas juntas mudaram meu jeito de pensar. O estilo de luta é sempre o mesmo, mas mentalmente (é diferente)”, afirmou.
Após um atropelo brutal sobre Victor Rodriguez no UFC Las Vegas 27, Bulldoguinho quer mais. Para seguir nos holofotes da organização e em alta com os fãs do esporte, o brasileiro propôs uma luta contra uma grande referência na história da companhia, Cody Garbrandt.
“Vem para baixo. Eu sempre quis lutar contra os melhores do mundo, sempre treinei com os melhores do mundo, contra quem está lá no topo. (…) Esse é o pensamento, pensar grande, que tudo vai acontecer grande. (…) Vi uma oportunidade no Cody, que já falou várias vezes em descer (de divisão). Já pedi primeiro (risos). Se ele for descer, estou lá, preparado, com certeza”, finalizou.
Profissional no MMA desde 2011, Bulldoguinho soma 20 apresentações na modalidade. Hoje, o paulista acumula 12 vitórias, cinco derrotas, dois empates e um ‘no contest’.
O atleta estreou no Ultimate em outubro de 2019. Até o momento, o lutador tem um confronto ‘sem resultado’, dois reveses e dois triunfos em sequência.