Wanderlei Silva volta a competir em solo japonês, neste sábado (2), contra o norte-americano Brian Stann na luta principal do UFC on FUEL 8. O brasileiro, que fez uma história de sucesso no país nipônico, busca reencontrar o caminho das vitórias após o revés diante de Rich Franklin no UFC 147, disputado em junho, na cidade de Belo Horizonte. Mas na fase final de sua carreira, que já dura 17 anos e 48 lutas profissionais, o “Cachoro Louco” já pensa no que fazer após pendurar as luvas.
Diferente de outros lutadores do UFC que se aposentaram recentemente e se tornaram técnicos, empresários e até dirigentes do evento, Wand quer seguir outros rumos: se tornar político.
“Eu já tenho meu dinheiro, posso me aposentar agora se quiser. Mas, com meu dinheiro, não consigo fazer o social. Você tem que usar o dinheiro que é para o social para isso, para o povo, e eu vejo que as pessoas não usam o dinheiro para o social. Não sei como, numa comunidade, não tem uma academia com tatame e um professor, o mínimo. E você vê milhões e milhões sendo gastos com besteira, e isso revolta a gente”, disse Silva, em entrevista ao site do canal Sportv.
Apesar do interesse em trabalhar pelo esporte no Brasil, Wanderlei, que já estuda sua candidatura a deputado estadual pelo Paraná, diz que ainda não bateu o martelo pela imagem do político no país. Segundo ele, os governantes estão “queimados” com a população.
“O político está muito queimado no Brasil, deixam os caras irem para o ‘lado negro da força’, e isso é uma das coisas que me segura de ir. Mas tem boas pessoas ainda, e temos a bandeira do esporte, que é a parte muito importante da educação. No Brasil, infelizmente, não dá para fazer esporte sem dinheiro. Não vejo ninguém que está abraçando a bandeira da luta 100%, que apoie o esporte, e essa é minha bandeira”, afirmou.
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