Uma das esperanças brasileiras no prestigiado torneio dos pesados (até 120,2kg.) da PFL, Bruno Cappelozza não esconde a empolgação para sua estreia na empresa. Nesta quinta-feira (6), o paulista tem compromisso marcado diante de Ante Delija, no card preliminar do show que acontece em Atlantic City (EUA). Em conversa exclusiva com o SUPER LUTAS, o lutador, famoso pelo poder de nocaute, falou sobre a expectativa para o duelo e analisou o confronto contra o croata.
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Fã do extinto PRIDE e de nomes como Wanderlei Silva, Cappelozza carrega consigo uma característica marcante em seu estilo. Famoso pelo poder de nocaute, o brasileiro não costuma deixar seus compromissos nas mãos dos juízes. Nesta quinta-feira, o paulista tenta seu 11º resultado positivo na carreira.
Iniciação no esporte
Profissional no MMA desde 2010, Cappelozza teve a mãe como uma das principais incentivadoras para a prática de artes marciais. O atleta, também, revelou um detalhe importante que o motivou a ‘entrar de cabeça’ no esporte.
“Minha mãe sempre treinou, desde que eu era pequeno. Ela treinava karatê. Foi minha inspiração para entrar nas artes marciais. Eu fui pegando gosto pela luta e eu era ‘gordinho’ quando era novo, então, entrei para perder peso. Depois, comecei a assistir o PRIDE, vendo Wanderlei Silva, Fedor (Emelianenko), que foram minhas maiores inspirações”, afirmou Bruno.
Preparação para o confronto
Desde que soube qual seria seu adversário para seu debute na PFL, Bruno deu início à preparação para um dos maiores desafios de sua carreira, até o momento. Ex-campeão do Jungle Fight, o brasileiro se mostrou animado para o confronto e falou sobre os treinamentos para chegar pronto ao compromisso.
“Eu estou meio ansioso. Tenho uma expectativa boa. Tenho certeza que vou dar um grande show. Treinei muito bem. Foram uns três meses bem forte de treinamento. Dessa vez, me preparei na Nova União, com o mestre Dedé Pederneiras”, contou o tupiniquim.
Poder de nocaute descomunal
Na PFL, Bruno atuará entre os pesados e, para se sair bem, o combatente conta com um diferencial importante. Em 10 vitórias no MMA, o brasileiro nunca teve o braço levantado de forma que não fosse pela via rápida. O atleta, então, falou sobre seu estilo e como gosta de conduzir seus embates.
“Eu sempre busco finalizar minhas lutas rápido. Tenho muita luta de muay thai, boxe, então, tenho uma experiência de outras áreas. Isso me ajudou muito no MMA”, disse o brasileiro.
Logística de treinos para a temporada
Dispostos a chegar à final do campeonato, os atletas, caso passem da primeira fase, podem chegar a quatro compromissos em 2021. Pensando nisso, Cappelozza foi perguntado sobre o esquema de treinamentos, e se há alguma modificação na intensidade, para evitar eventuais lesões que possam prejudicar a trajetória na competição.
“Meus treinamentos estão sendo normais. Eu lutei no RIZIN, no Japão, então, era um GP (Grand Prix) meio parecido. Tenho um pouco de experiência com isso. Com certeza, tem que ter cautela para não se machucar, mas é treinar consciente”, revelou.
Luta contra Delija
Diante de um duro compromisso diante de Ante Delija, Bruno precisou estudar a fundo se adversário para não correr riscos de ser surpreendido na estreia. Buscando conquistar o maior número de pontos possíveis no duelo, o brasileiro analisou o rival, apontando as principais características.
“Ele é um cara um pouco mais alto do que eu. Ele é um pouco da trocação, mas ele gosta de agarrar bastante. Nesse camp (período de treinamento), eu tive bastante ajuda do pessoal da Nova União. Então, as áreas que o cara é bom, eu treinei bem. Estou bem preparado”, confirmou.
Sistema de pontuação: bom ou ruim?
Assim que subir no decágono, Cappelozza estará colocando pontos em jogo para o torneio. Nocauteador nato, o atleta, em caso de vitória, pode deixar o confronto com até seis pontos (3 pela vitória e 3 por um eventual nocaute no primeiro round). O sistema da empresa, no entanto, pode acabar prejudicando um atleta que se abre para o duelo. Assim, o brasileiro avaliou como as regras da organização podem se encaixar em seu estilo agressivo.
“Eu acho que esse sistema vai me favorecer bastante, porque eu busco sempre acabar com a luta rápido. Então, se eu finalizar no primeiro round, serão seis pontos. No segundo, cinco. Então, creio que vai me ajudar”, admitiu.
Possível luta contra Werdum
Confirmado no mesmo torneio que Bruno, Fabrício Werdum é uma das maiores aquisições da PFL para a temporada. Ex-campeão do UFC, o gaúcho poderá ser um dos adversários de Cappelozza no campeonato. Assim, o paulista não escondeu o respeito e admitiu a vontade de se testar contra uma lenda brasileira do MMA.
“Seria uma honra para mim. Eu sou muito fã desse cara, cresci assistindo ele. Ia lutar amarradão. Um cara super alto astral, animado”, disse Bruno.
Desfecho ideal
Mesmo com a fama de nocauteador, Cappelozza admite que o resultado mais importante é a vitória. Independente de como venha. O atleta, então, evitou um desfecho ideal. Como se diz no futebol, ‘o importante são os três pontos’ – ou mais.
“O sonho, com certeza é a vitória. Acordo e vou dormir pensando na minha mão erguida. Se for no primeiro round, melhor ainda (risos)”, finalizou.
Histórico dos atletas
Com 31 anos, Bruno se encaminha para seu 16º embate como profissional no MMA. Até o momento, o paulista soma 10 vitórias – todas por nocaute – e cinco resultados negativos.
Nas artes marciais mistas desde 2011, Delija fará sua 21ª luta na modalidade. Hoje, o croata tem 17 triunfos e três reveses.
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