Dono de uma das maiores invencibilidade da categoria dos leves (até 70,3kg.), Léo Santos está de volta. Neste sábado (20), o brasileiro subirá ao octógono para medir forças contra Grant Dawson no UFC Las Vegas 22. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, o vencedor do ‘The Ultimate Fighter Brasil 2’ afirma que está pronto para mais uma vitória e destaca maturidade no jogo em pé em busca de sua nona vitória seguida.
Veja Também
No Ultimate desde 2013, Léo Santos ainda não perdeu na organização. O brasileiro conta com sete vitórias e um empate e é apontado, por muitos, como um dos melhores lutadores no jogo de chão. Seu oponente, Grant Dawson, foi descoberto no ‘Contender Series’ e tem boa base no jiu-jitsu, onde finalizou 11 de seus 16 triunfos na carreira. Ainda assim, Léo revela que está pronto para todos os cenários no duelo e aproveitou para mandar um recado aos fãs.
“Acredito que, como ele também é da parte do chão, pode ser uma finalização tanto para mim, quanto para ele. Espero que seja para mim. É difícil a pessoa mudar muito sua origem, mas não é algo impossível. Então, sempre me preparo para todas as situações e depende de como a luta vai se desenhando, se ele vai querer seguir em pé ou buscar a luta no chão (…), não posso garantir a vitória aos brasileiros, mas podem ter certeza de que me preparei muito e me dediquei bastante. Estou pronto para a guerra e seja o que Deus quiser”, afirmou Léo Santos.
Ainda que tenha finalizado nove de 18 vitórias na carreira, o brasileiro mostrou boa evolução em pé e nocauteou dois dos últimos quatro confrontos no Ultimate. Para explicar o crescimento, o lutador ressalta que conseguiu se sobressair após ‘tentativas e erros’ até que pegasse confiança.
“(A evolução é fruto de) muito treino. Dando tempo ao tempo, aprendendo, errando e acertando. Tudo na vida nós devemos esperar e pegar confiança para começar a fluir. Sou um cara que me dedico bastante na parte em pé também e os nocautes começaram a sair”, destacou o lutador.
Invicto, mas…
Em uma sequência de 13 lutas sem perder na carreira, Léo salienta o alto nível técnico da categoria dos leves. Ainda assim, ele confessa certo incômodo de não estar no ranking da divisão e prefere não ‘projetar’ uma entrada, mesmo que vença no sábado (20).
“Difícil saber (o critério). Eu já cansei de perguntar para quem faz o ranking. A categoria dos leves é uma das mais difíceis do UFC. Você tem um cara que é campeão do TUF Brasil e não perdeu nenhuma (na organização), mas não está entre os 15 da divisão. É difícil entender, mas ‘toco o barco’ e sigo trabalhando”, disse.
Boas expectativas!
Depois de ficar afastado no período entre 2016 e 2019 do octógono e lidado com problemas físicos, o lutador da ‘Nova União’ fez duas lutas desde sua volta e ainda deseja aumentar a frequência. Segundo ele, há o planejamento e objetivo de voltar a atuar por mais vezes neste ano.
“Sim, com certeza quero atuar mais vezes neste ano. Com a pandemia, o Ultimate conta com poucos lutadores prontos para lutar. No primeiro evento em Abu Dhabi (UFC 251), eu estava trancado no lockdown e eles me chamaram. Eu fui, lutei (contra Roman Bogatov) e agora me chamaram de novo. Acho que essa pandemia, de uma forma ou outra, está me ajudando a ter oportunidades”, revelou.
Polêmicas recentes
Duas das maiores polêmicas nos últimos cards ocorreram nas lutas entre Petr Yan e Aljamain Sterling, que acabou com uma joelhada ilegal do russo – que foi desclassificado – e no combate em que Leon Edwards acabou desferindo um dedo no olho de Belal Muhammad, transformando o resultado em ‘no contest’. Coincidentemente, Léo acabou sofrendo com os dois problemas em seu último duelo, contra o Bogatov, e, apesar de ter vencido o duelo na decisão unânime dos juízes, considera a necessidade de ‘mudança’ na forma com que os árbitros observam os atletas.
“Não tem como saber se foi proposital ou no calor do momento. São coisas que acontecem muito rápido. Não dá tempo de pensar se o lutador está em posição de três apoios. Não tem contagem no momento da luta. Ainda mais se tiver em uma luta apertada. O que eu acho que deveria ter na regra: se você toma uma joelhada daquela, o árbitro pode dar o ‘no contest’ ou desclassificar o atleta. Mas não pode acontecer o que houve comigo, de o árbitro perguntar se você está bem para voltar. Eu poderia ter sido nocauteado no último combate, pois voltei no instinto. Eu não estava mais na luta. Não sabia como poderia me defender. Mas quando o árbitro me perguntou, eu havia respondido que poderia voltar, mas não estava bem”, opinou.
Aos 41 anos, Léo Santos conta com um retrospecto de 18 resultados positivos, três negativos e uma luta sem resultado na carreira.
Comentários