Considerado uma das promessas brasileiras para o futuro do Ultimate, Paulo Borrachinha causou polêmica ao revelar detalhes dos bastidores de sua derrota para Israel Adesanya, no UFC 253. Atuando abaixo da expectativa no confronto mais importante de sua carreira, o brasileiro surpreendeu ao afirmar que ingeriu álcool antes do confronto devido a uma insônia e câimbras na perna. A declaração foi feita em seu canal no YouTube.
“Ele teve o mérito de me nocautear, de aproveitar o que tinha. A gente está falando do campeão. Lutei meio bêbado, de ressaca. Não conseguia dormir por causa das câimbras. A luta lá acontece 9h da manhã, a gente tem que acordar às 5h. Até 2h30 eu não tinha dormido. Aí foi um erro meu, mas para tentar dormir eu tomei vinho, muito vinho, uma garrafa para tentar apagar. Virei. Foi uma sensação muito diferente”, afirmou Paulo.
Conhecido pela sua agressividade e por ser um atleta que pressiona os rivais no octógono, Borrachinha reconhece que esteve abaixo do esperado em sua primeira disputa de cinturão pelo Ultimate. O mineiro, então, deixou claro qual era sua real condição na luta pelo título dos médios (até 83,9kg.).
“Na luta contra o Adesanya, eu estava com 20% da capacidade. Tivemos que mudar a estratégia no vestiário. O certo seria não lutar. Muitos perguntaram o que aconteceu, falaram que eu estava diferente, mas minha condição era péssima, horrível. (…) A Comissão Atlética foi duas vezes no vestiário para ver minha perna. Eu estava confiante, queria lutar e fiz a estratégia errada”, contou.
Em um dos duelos mais aguardados da história recente do Ultimate, Borrachinha não teve o sucesso que esperava contra o líder da categoria. O brasileiro, no entanto, já tem data confirmada para retomar a caminhada rumo a uma nova chance pelo cinturão.
O mineiro foi confirmado como adversário do ex-campeão do grupo, Robert Whittaker (número um no ranking). O embate acontecerá em 17 de abril. O vencedor deve garantir o direito de desafiar Israel, que já venceu tanto o mineiro quanto o australiano.